Além do partido de Ricardo Nunes, a deputada Tabata Amaral também acionou a justiça contra o pré-candidato do PSOL
Guilherme boulos
O MDB, partido do prefeito Ricardo Nunes, entrou com uma ação na Justiça Eleitoral nesta terça-feira (5/3) para pedir que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), apague postagens sobre uma pesquisa de intenção de votos à Prefeitura de São Paulo divulgada na segunda.
A pesquisa Real Time Big Data, encomendada pela Record, indicou empate técnico entre Boulos, com 34%, e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), com 29%, já que a margem de erro da pesquisa é de 3% para mais ou para menos.
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Foram testados três cenários distintos, dois deles incluindo candidatos bolsonaristas na disputa: em um, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), e em outro, o senador Marcos Pontes (PL).
Em postagem replicada no Instagram e no Facebook, Boulos celebrou ter ficado numericamente à frente. Inicialmente, o deputado fez um post dizendo liderar as pesquisas contra “qualquer adversário” e publicou uma montagem que o mostrava à frente de Nunes, Salles, Pontes e do pré-candidato Padre Kelmon (PRD), excluindo outros adversários.
A postagem foi alvo de reclamações da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), que ficou em terceiro na pesquisa com 10% e não foi citada pelo psolista. Pouco depois, Boulos deletou o post e fez outro dizendo ter ficado à frente de “qualquer bolsonarista”, com nova montagem mostrando apenas Nunes, Salles e Pontes (veja abaixo).
Ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), o MDB argumentou que não houve nenhum cenário testado com Nunes, Salles e Pontes juntos e alegou que Boulos “inventou um cenário que não foi pesquisado pelo instituto para manipular a opinião pública”.
“O cenário de candidatos divulgado é absolutamente ficcional. Tratou-se de uma falsidade gritante e facilmente verificável com a simples leitura do questionário da pesquisa e dos dados da divulgação dos seus resultados”, diz o texto, ao qual o Metrópoles teve acesso.
Segundo o advogado Ricardo Porto, que assina o ofício do MDB, a postagem “constitui divulgação de pesquisa eleitoral fraudulenta”.
No texto, o partido de Nunes pede que as postagens feitas por Boulos no Instagram e no Facebook sobre a pesquisa eleitoral sejam removidas.
A campanha d deputada federal Tabata Amaral (PSB) também acionou Boulos na Justiça. A defesa da deputada afirma que Boulos, “de forma deliberada”, omitiu dados estatísticos com a “vil intenção de manipular e ludibriar o eleitorado” para se beneficiar. “Em outras palavras, nobre julgador, o Representado está propagando informação manipulada, desinformando o eleitor paulistano”, argumentam. Os advogados afirmam ainda que a publicação não informou o nível de confiança da pesquisa, como exige a legislação eleitoral.
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