Beto Richa diz que fica no PSDB e mantém pré-candidatura à Prefeitura de Curitiba

Em comunicado, o ex-governador e deputado disse que prevaleceu o peso do compromisso com o partido

Beto Richa

Após confirmar a pré-candidatura pelo PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) à Prefeitura de Curitiba nas Eleições Municipais de outubro, Beto Richa explicou a permanência na sigla. O deputado federal flertou com o PL (Partido Liberal), mas segue no partido tucano na tentativa de retornar ao Centro Cívico.

O deputado confirmou o convite para ingressar no PL, mas que recebeu apelos de correligionários para permanecer no PSDB.

Leia também
PSDB decide negar aval para saída de deputados do partido

Beto Richa pode filiar ao PL para disputar prefeitura de Curitiba

“Recebi apelos para permanecer no PSDB. Fui lembrado das batalhas políticas e eleitorais que juntos enfrentamos nas últimas décadas”, disse.

Beto Richa nutre uma história de 30 anos com o PSDB, partido que alavancou sua trajetória política. Pela sigla, foi conduzido à dois mandatos como prefeito de Curitiba e Governador do Estado.

Ao justificar a permanência no partido, Beto lembrou de seu pai, José Richa, um dos fundadores do PSDB e que chefiou o Palácio Iguaçu nos anos 1980.

“(…) Pensei no sonho que tive com meu pai: a inércia é inimiga da política. Enfim, o velho Richa tinha razão. Política é movimento, seja no avanço ou no recuo”, aponta Beto Richa.

Beto Richa ocupa atualmente o cargo de deputado federal pelo Paraná. O ex-governador recebeu 64.868 votos e foi o segundo mais votado do PSDB no Estado, atrás de Jocelito Canto (PSDB), que teve a candidatura indeferida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com base na Lei da Ficha Limpa.

Leia o comunicado de Beto Richa na íntegra:

A quarta-feira amanheceu nebulosa em Brasília, com risco de chuvas e trovoadas. Como sempre faço, acordei cedo para o trabalho. Tinha um convite para me reunir com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que estava conversando com pré-candidatos à Prefeitura de Curitiba. Tinha sonhado com meu pai, o velho Zé Richa.

Fui com a certeza de que, na política, assim como na vida diária de cada um de nós, a conversa sempre é bem-vinda. E sempre dialoguei com todos.

Muito bem recebido na sede do PL, fui convidado a me filiar ao partido. Em seguida, fui gentilmente recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Novamente pensei no sonho que tive com meu pai: a inércia é inimiga da política.

Não sou político iniciante. Sabia que qualquer passo que eu desse romperia o quadro de inércia que toma conta do panorama regional. E foi isso que fiz.

Procurei a direção nacional do PSDB logo na sequência. A reação, como esperado, foi impactante. Uma semana antes o partido havia dado uma carta de anuência ao deputado Carlos Sampaio, para sair do PSDB sem o risco de perder o mandato.

Mas no meu caso foi diferente. Recebi apelos para permanecer no PSDB. Fui lembrado das batalhas políticas e eleitorais que juntos enfrentamos nas últimas décadas.

Parecia óbvio, para meus amigos da direção do partido, que a minha saída poderia estimular outros filiados a fazer o mesmo. Prevaleceu o peso do compromisso com o PSDB, um partido que mudou o Brasil para muito melhor.

Ao adotar essa postura, o PSDB pratica a boa política, que faz uso de argumentos para o exercício de convencimentos.

O PSDB voltou ao noticiário nacional, e passou novamente a ter papel de relevância no tabuleiro político.

É nas crises que se aprende e que se reúne forças. Eu senti na carne e na alma isso. Fui massacrado por radicais com argumentos infundados, mas não desisti, e não desisto nunca.

Enfim, o velho Richa tinha razão. Política é movimento, seja no avanço ou no recuo.

Fonte: Paraná Portal

Comentários