Aldo Rebelo fará parte de conselho político e de campanha de Ricardo Nunes em SP

Ex-ministro é filiado ao PDT, que fechou aliança com Guilherme Boulos (PSOL) para as eleições

Edson Aparecido, Ricardo Nunes, Aldo Rebelo, João Cury e Diogo Soares
(Foto do Instagram de João Cury)

O ex-deputado e ex-ministro Aldo Rebelo (PDT) não será somente secretário de Relações Internacionais de Ricardo Nunes (MDB), mas também membro do conselho político e da coordenação de campanha do prefeito de São Paulo.

O deputado federal Baleia Rossi, presidente do MDB, diz ao Painel da Folha que Rebelo "já assumiu o compromisso de não só apoiar, mas ajudar no conselho político".

Leita também
Filiado ao PDT, Aldo Rebelo tira foto com Nunes e diz que não tem como apoiar Boulos
Ricardo Nunes convida Aldo Rebelo para Secretaria de Relações Internacionais

"Ele sempre pensou o país, pensou estratégias, vai ajudar com a experiência que ele tem. Não só será secretário, mas irá nos ajudar a pensar São Paulo. Vai ajudar na coordenação e no conselho politico", afirma Baleia, que é coordenador de campanha de Nunes.

"Reforça o sentido de que o prefeito é plural, democrático, e está trazendo para o governo pessoas que pensam diferente dele, mas que têm capacidade de entregar em favor de São Paulo. Esse movimento demonstra que o Ricardo Nunes, independentemente de ideologia, está trazendo as melhores cabeças para ajudar São Paulo, que é uma cidade plural", completa Baleia.

Aldo deverá ajudar a campanha do emedebista a se contrapor à imagem de frente ampla com a qual Guilherme Boulos (PSOL) e Marta Suplicy (retornando ao PT) têm tentado embalar a chapa que estão montando para a eleição municipal de 2024.

Rebelo tem sido pressionado no PDT, que já definiu que fará aliança com Boulos. Ele pode ser punido pela Comissão Nacional de Ética Partidária por não apoiar o deputado, mas isso só ocorreria depois da decisão formal do partido, que deve ser anunciada em convenção partidária no final de julho ou início de agosto.

Uma alternativa partidária para Rebelo é o Solidariedade, ao qual foi filiado entre 2018 e 2019. Paulinho da Força, presidente da sigla, afirma que já tratou do tema com o ex-ministro.

Rebelo encontrou-se com Nunes na terça-feira (16), e a reunião foi descrita por ambos como um encontro de cortesia. No mesmo dia, o ex-deputado disse ao Painel que não aceitava apoiar Boulos.

"Eu era ministro do Esporte e ele era o líder do ‘Não Vai ter Copa’ na cidade de São Paulo. Era um movimento que promovia quebra-quebra, sabotagem da Copa. Não tenho como apoiar uma pessoa dessas, não tenho condições", afirmou.

O pedetista foi ministro do Esporte de 2011 a 2015, durante as gestões de Dilma Rousseff (PT).

Fonte: Folha.com

Comentários