Secretário da Fazenda de SP, Felipe Salto e economistas assinam manifesto em apoio a Lula

Signatários afirmam que a eventual eleição da chapa Lula-Alckmin não é perfeita e deverá enfrentar dificuldades no Congresso, mas que ainda assim é a melhor opção

O secretário da Fazenda de SP, Felipe Salto

Julia Lindner - Estadão

O secretário da Fazenda do governo de São Paulo, Felipe Salto, lidera um manifesto em apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), junto a um grupo de outros 16 economistas. No documento, eles afirmam que o Brasil vive o seu pior momento desde o fim da ditadura militar.

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Salto é autor do livro Reconstrução, ao lado da economista Laura Karpuska e do jornalista João Villaverde, que também endossam a carta. Juntos, alegam que “a vida das pessoas piorou nos últimos quatro anos: a insegurança alimentar aumentou, os níveis de violência urbana assustam e nossas florestas estão queimando”.

Na semana passada, Salto decidiu permanecer no governo de São Paulo após a saída de outros secretários que discordaram da aliança do governador Rodrigo Garcia (PSDB) com Jair Bolsonaro (PL). Salto argumentou que ficou por ter um compromisso com a equipe técnica da pasta, mas que seu voto permanece em Lula.

“O nosso pedido é que você, que também acredita em um país democrático, com um governo transparente e diverso que atue, baseado em evidências e na ciência, para valorizar nossa cultura e reduzir nossas desigualdades, escolha a chapa Lula-Alckmin como única saída para estancar o horror”, diz o grupo, no manifesto.

Eles afirmam, ainda, que a eventual eleição da chapa Lula-Alckmin não é perfeita e deverá enfrentar dificuldades no Congresso, mas que ainda assim é a melhor opção.

“Será difícil. Mas a chapa Lula-Alckmin é a única que se baliza pelo respeito aos valores democráticos e a institucionalidade prevista na Constituição formulada após a derrubada da ditadura militar”, reforçam os autores.

Também estão entre os autores do documento os economistas Rodrigo Orair, Laura Carvalho, Mathias Alencastro e Fernanda de Negri.

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