O maior temor eleitoral de Haddad começa a virar realidade

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira, 26, mostra risco cada vez maior para o petista em um segundo turno 

Fernando Haddad (PT)


Laísa Dall'Agnol - Veja

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira, 26, apontou uma mudança no cenário geral da disputa ao governo de São Paulo — e confirmou que pode se tornar real aquilo que sempre foi o maior temor de Fernando Haddad (PT), que lidera desde o início a corrida ao Palácio dos Bandeirantes.

De acordo com o levantamento, o adversário e atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) venceria o petista no segundo turno — com 45% dos votos, contra 36% de Haddad. É a primeira vez que uma pesquisa do instituto coloca o tucano na frente do ex-prefeito. 

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Haddad já tem sinalizado — inclusive no último debate VEJA com os candidatos ao governo no sábado, 17 — que seu objetivo é tirar Rodrigo do páreo e enfrentar Tarcísio de Freitas (Republicanos) no segundo turno, contra quem acredita ter mais chances de vencer. A Quaest aponta que, nesse cenário, Haddad teria 42% das intenções de voto, contra 39% do ex-ministro da Infraestrutura, o que também configura um empate dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Em relação ao primeiro turno avaliado na pesquisa anterior do mesmo instituto, divulgada em 9 de setembro, Garcia subiu cinco pontos percentuais (passou de 15% para 20%), enquanto Tarcísio oscilou um ponto para cima (foi de 20% para 21%). Haddad segue liderando com 31% das intenções de voto — ele tinha 33% na pesquisa anterior.


Avaliação

A sondagem desta segunda-feira mostra, ainda, que Rodrigo Garcia tem sua gestão considerada positiva por 29% da população, e regular por 36%. Outros 17% consideram seu trabalho negativo, e 17% não souberam opinar. Os índices representam o melhor resultado desde a primeira pesquisa, em maio, quando a aprovação positiva era de 19% e a regular era de 36%. 

Entre os eleitores com escolaridade até o ensino fundamental, aqueles com até 2.000 reais de renda mensal e o segmento com mais de 5.000 reais de renda a aprovação é ainda maior: respectivamente 32%, 30% e 30% consideram o governo como positivo.

A pesquisa mostra que, entre os eleitores de 16 a 34 anos, a aprovação positiva passou de 19% para 27% e a regular chegou a 42%. Já a avaliação negativa foi ao menor patamar desde o início das pesquisas, com 15%. 

A equipe de Garcia credita a melhora nos índices de aprovação a programas do governo estadual, como o Bom Prato, o Vale Gás e a Bolsa do Povo — que atingem diretamente o público com menos escolaridade e salários menores –, além das propagandas na TV e rádio e às visitas de campanha ao interior.

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