Geraldo Alckmin é alvo de vídeo fake que simula entrevista

Advocacia-Geral da União notificou a empresa Meta para que o vídeo seja removido das plataformas

Geraldo Alckmin 

o vice-presidente Geraldo Alckmin foi alvo de deepfake, com a disseminação de um vídeo manipulado por inteligência artificial (IA) que simula uma entrevista concedida por ele.

A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou, na quarta-feira (12/2), uma notificação extrajudicial à empresa Meta (controladora do Facebook e Instagram) para que o vídeo seja removido das plataformas. A notificação solicita a remoção do conteúdo em 24 horas e classifica o conteúdo como desinformação.

O vídeo manipula por meio de inteligência artificial uma suposta entrevista do vice-presidente sobre o tema do uso do dinheiro público.

A AGU sustenta que o vídeo “viola o direito à informação e extrapola os limites da liberdade de expressão, caracterizando-se como evidente abuso de direito”.

A notificação foi apresentada pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), órgão da AGU.

O documento afirma que o não cumprimento da solicitação da AGU pode ensejar a responsabilização da plataforma, uma vez que ela tomou conhecimento do conteúdo ilícito por meio da notificação.

Segundo a Advocacia da União, a conivência com a propagação do conteúdo ilegal deixa de se qualificar meramente como “conteúdo gerado por terceiro”, como previsto no Marco Civil da Internet, para se qualificar como produção endossada e propalada deliberadamente pela própria notificada.

Por fim, a AGU pede que, caso não acatada a solicitação, o conteúdo seja marcado da seguinte maneira: “O vídeo foi gerado por inteligência artificial — conteúdo alterado ou sintético”.

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