Vice-presidente lidera a delegação brasileira na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) de Baku, no Azerbaijão
Com o início da Cúpula do Clima (COP-29) de Baku, no Azerbaijão, o governo brasileiro intensifica as tratativas sobre a próxima edição da conferência, que será em Belém daqui a um ano. Nos últimos dias, avançaram as discussões sobre quem chefiará o evento na Amazônia. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) tem despontado como favorito.
Alckmin será o responsável por detalhar a nova meta do Brasil de redução de emissões de gases de efeito estufa em Baku. As novas propostas de corte foram adiantadas pelo governo na semana passada, mas especialistas apontaram o plano como insuficiente diante da piora do aquecimento global.
O vice-presidente lidera a delegação brasileira na Conferência do Clima, já que representará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - que, até então, estava impedido de viajar ao exterior por causa de um acidente doméstico.
A palavra final será de Lula e a decisão deve ser feita até o fim deste mês. O posto é considerado decisório nas negociações climáticas entre os países.
A favor de Alckmin, interlocutores apontam a sua relação direta com Lula e a proximidade de setores considerados estratégicos para a redução das emissões de gases de efeito estufa - agronegócio, indústria e energia. O perfil diplomático e conciliatório também seria um ponto forte comentado nos bastidores quando todos os olhos da agenda climática estarão sobre o Brasil em 2025.
O vice-presidente, que também acumula a titularidade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), ainda assumiu no último ano a titularidade dos eventos ligados a sua pasta no G20, mas a presidência rotativa brasileira se encerra em 1º de dezembro, dando um pouco mais de folga a sua agenda.
Desde o início do terceiro mandato, Lula vem sempre mostrando gestos de afagos a seu vice. Alckmin também esteve presente na semana passada em algumas das reuniões para tratar do pacote de corte de gastos, no Palácio do Planalto. É tradição das COPs que a presidência da conferência seja ocupada por autoridade em nível ministerial.
Além de Alckmin e Marina, a equipe da Secretaria Extraordinária para a COP30 está em Baku para acelerar os preparativos brasileiros, como questões de logística e infraestrutura. Na sexta-feira, 8, o Palácio do Planalto fez um comunicado sobre os preparativos do evento que deve levar cerca de 60 mil pessoas - entre chefes de Estado, diplomatas, empresários, investidores, ativistas e delegações dos 193 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) - ao Pará.
Conforme a Presidência da República, o investimento do governo federal para a organização do evento é de cerca de R$ 4,7 bilhões, entre recursos do Orçamento Geral da União, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de Itaipu.
Temos que tocer para tudo da certo ✔️
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