Ricardo Nunes é aconselhado a ‘prefeiturar’ e deixar Boulos falar sozinho

A análise na pré-campanha do MDB em São Paulo é de que o prefeito entrará como favorito na disputa, com base nas pesquisas mais recentes, e deve evitar embates com o adversário neste momento para não atrair rejeição do eleitorado

Ricardo Nunes e João Cury

Roseann Kennedy - Coluna Estadão

Um neologismo tomou conta das conversas de bastidores na pré-campanha à reeleição de Ricardo Nunes (MDB), na última semana, e ele passou a ser orientado a “prefeiturar”. A tradução: deixar o gabinete, fazer mais agendas públicas e evitar falar de eleição.

Com base nas pesquisas mais recentes de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo (Datafolha e Paraná Pesquisas), sua equipe concluiu que ele chegará como favorito na disputa. Mas, para isso, neste momento precisa se afastar do embate direto com os adversários, principalmente Guilherme Boulos (PSOL).

A ordem, revelam interlocutores, é “deixar Boulos falar sozinho”, porque avaliam que o eleitorado da capital paulista tende a rejeitar os políticos que adotam os ataques verbais.

Seguindo o conselho à risca, a agenda de Ricardo Nunes para esta semana tem da inauguração do transporte aquático pela represa Billings à entrega de novas unidades habitacionais.

Paraná Pesquisas mostra Nunes na liderança

Se o segundo turno das eleições municipais fosse hoje, Ricardo Nunes venceria o pleito contra Guilherme Boulos. O levantamento divulgado na última terça-feira, 19, pelo instituto Paraná Pesquisas, aponta que o atual prefeito teria 46% dos votos, contra 39,1% do deputado federal.

A pesquisa foi feita com 1.350 eleitores, entre os dias 13 e 18 de março. O grau de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 2,7 pontos percentuais para mais ou para menos. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é SP-05177/2024.

Em um eventual segundo turno sem Boulos, Nunes vence a deputada federal Tabata Amaral (PSB) por 48,4% contra 30%. Entre Boulos e Tabata, a vitória seria do deputado do PSOL, por 43,3% a 34,3%.

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