Avante fecha com Ricardo Nunes e diminui margem para Tabata fazer alianças

Candidata do PSB não conseguiu apoio de nenhuma outra sigla até o momento

Ricardo Nunes

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), conseguiu o apoio do Avante à sua candidatura à reeleição. Apesar de não ter vereadores ou deputados eleitos em São Paulo, a aliança com a sigla era uma das apostas da articulação política de Tabata Amaral (PSB-SP).

A deputada federal não recebeu o apoio de nenhum partido até o momento, enquanto Nunes e Guilherme Boulos (PSOL-SP) travam uma guerra de narrativas sobre qual das duas candidaturas é, de fato, uma frente ampla, como mostrado pela Coluna do Estadão.

O prefeito tem o apoio de PL, PP, PSD e Republicanos. Ele ainda pode ser apoiado pelo União Brasil, caso o partido não lance Kim Kataguiri como candidato, PSDB e Cidadania, que formam uma federação, e o Podemos. As alianças de Boulos estão concentradas em partidos de esquerda: PT, PCdoB, PV, Rede e PDT.

O apoio do Avante a Nunes foi confirmado por Luís Tibé (Avante-MG), presidente nacional do partido, e pelo diretório municipal do MDB, sigla do prefeito.

“A chegada do Avante a nossa aliança representa o fortalecimento da pré-campanha à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). A frente ampla está cada vez mais ampla. São Paulo precisa de gente corajosa, que trabalhe, que tenha entrega e projeto, e não de pessoas que não são comprometidas com a cidade e o seu povo. Muitos outros apoios serão oficializados, em breve”, afirmou o presidente do MDB de São Paulo, Enrico Misasi.

Ele aproveitou para criticar a candidatura de Boulos. “Na outra ponta, temos um grupo restrito a partidos de extrema esquerda e de esquerda. Não há nada de amplo, ali. Nem em número, nem em pluralidade. E nem em conhecimento quanto ao que representa, de fato, uma cidade diversa como São Paulo”, acrescentou Misasi.

Segundo um integrante do Avante, o partido conversou com Nunes, Boulos e Tabata, mas acabou optando por apoiar o prefeito. O objetivo de curto prazo é eleger entre um e dois vereadores na capital paulista — atualmente não tem nenhum —, o que ajudaria a sigla alcançar sua principal meta que é superar a cláusula de barreira em 2026 e manter acesso ao fundo partidário e o direito à propaganda eleitoral no rádio e na televisão.

A cláusula de barreira entrou em vigor na eleição de 2018 e tem forçado partidos a se fundirem para continuarem existindo, o que tem como efeito a diminuição do número total de legendas.

Fonte: Estadão

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