Ricardo Nunes volta a criticar Enel e diz que empresa “deixa a desejar” em SP

Prefeito de São Paulo afirma que a empresa tem “pouca capacidade para atender as necessidades da população”

Ricardo Nunes

Thomaz Molina - Metrópoles

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou nesta sexta-feira (12/1) que a Enel é uma empresa com pouca capacidade para atender as necessidades da população e que a empresa deixa a desejar nos serviços em São Paulo.

Em entrevista ao jornal Bom Dia SP, da TV Globo, Nunes disse que “existe um problema” com a Enel ao ser questionado sobre os mais de 17 mil pedidos de poda e remoção de árvores que estão em aberto na capital paulista.

Segundo Nunes, a administração municipal reduziu a espera em 70%, mas muitas intervenções dependem da empresa de energia para desligar a eletricidade.

“Existe realmente um problema com relação à Enel, quando ela demora para fazer o desligamento da energia e fazer a poda, porque a gente também não pode colocar os funcionários em risco. Então, sempre que houver uma árvore em contato com a fiação, é necessário que tenha uma atuação da Enel, um desligamento da energia para fazer a poda com segurança e proceder às ações”, afirmou.

Ricardo Nunes afirmou que as equipes da prefeitura têm dez pessoas enquanto a da concessionária tem apenas duas: “A Enel se demonstrou uma empresa com pouca capacidade para atendimento às necessidades, com poucas equipes. A crítica é como representante da população de São Paulo, é aquilo que essa empresa está fazendo para a cidade, deixando a desejar no seu atendimento, demorando muitas horas para restabelecer a energia. No episódio de novembro entramos com ação judicial e agora novamente”.

Procurada pelo Metrópoles, a Enel afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai comentar as declarações de Nunes.

O prefeito de São Paulo disse ainda que as mudanças climáticas pioram os alagamentos na cidade e disse que, se a gestão não tivesse se preparado com ações e investimentos, a situação vivida nos últimos dias, com enchentes, vias bloqueadas, árvores caídas e milhares sem energia, teria sido muito pior.

“A questão da mudança climática nos trouxe uma outra realidade. São volumes de chuva muito maiores, num espaço menor de tempo. A gente sabe que tem muita coisa ainda para fazer, mas a gente tem conseguido melhorar. Os alagamentos têm acontecido, a cidade tem voltado mais rápido. A gente diminuiu o número de alagamentos na cidade”, disse.

Nunes destacou também quem foram feitos investimentos no combate às enchentes com construção de piscinões, jardins de chuva, canalização de córregos e contenção de encostas. Segundo ele, o total investido chegou a R$ 2,1 bilhões e essas obras fizeram com que dezenas de locais que apresentavam problemas por causa da chuva hoje já não apresentam mais.

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