Apesar de Bolsonaro e o PL terem indicado nomes, prefeito só deverá bater o martelo após discussão com outras siglas aliadas
Ricardo Nunes
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), deverá definir o seu candidato a vice na disputa municipal paulistana apenas em maio ou junho, segundo articuladores políticos envolvidos com a sua campanha. Pelo calendário eleitoral, os partidos precisam fazer as suas convenções entre 20 de julho e 5 de agosto e registrar as chapas até 15 de agosto. O primeiro turno da eleição será em 6 de outubro.
Com isso, o nome do coronel Ricardo de Mello Araújo, ex-chefe da Rota e ex-diretor da Ceagesp, indicado pelo PL e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para ser o vice na chapa de Nunes terá que esperar algum tempo até ter o seu nome confirmado. A indicação de um nome de confiança de Bolsonaro para integrar a chapa é visto como condição para que o ex-presidente se envolva de fato na candidatura.
O motivo oficial da campanha do prefeito para não referendar a indicação de Araújo de imediato é que o nome dele precisa ser submetido a outros partidos que deverão compor a aliança em torno de Nunes, como PP, PSD e Republicanos – este último o partido do governador Tarcísio de Freitas, outro cabo eleitoral de peso envolvido na campanha à reeleição do prefeito.
Polarização não interessa
Nos bastidores, no entanto, o principal motivo é outro: adiar a escolha de um vice ligado a Jair Bolsonaro evita antecipar a polarização que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apoiador do pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL), adoraria imprimir à eleição paulistana. A avaliação no entorno de Nunes é que dar essa possibilidade aos adversários muito cedo seria fazer justamente o que Lula e Boulos gostariam que ocorresse: transformar a eleição numa nova disputa entre a esquerda e o bolsonarismo.
Fonte: Veja.com
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