Auxiliares do prefeito e pré-candidato à reeleição dizem que discussão sobre vice, agora, pode desviar o foco das entregas da gestão
Ricardo Nunes
Auxiliares do prefeito Ricardo Nunes (MDB), querem evitar antecipar essa discussão sobre escolha do vice na chapa. Eles avaliam que tem até as convenções, entre julho e agosto, para ser resolvida. Na opinião de pessoas próxima a Nunes, seria um tiro no pé desviar o foco das entregas da gestão para colocar em evidência na opinião pública o debate sobre o vice.
Interlocutores do prefeito têm dito que a escolha será pactuada por todos os envolvidos e deve ter o aval de Nunes. Para eles, vai dar trabalho encontrar um vice que agrade tanto a Bolsonaro e ao PL quanto aos demais partidos e ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado peça fundamental nessa costura.
Aliados de Nunes dizem ser precipitado anunciar o vice, mesmo após Boulos ter fechado a parceria com Marta, que aceitou voltar ao PT. Levantar nomes seria criar discórdia e queimar os postulantes, completam.
Um vice ligado à segurança pública agrada o círculo dos principais partidos que apoiam Nunes –PL, Republicanos, PP, União Brasil e PSD, além do MDB. Pesquisas têm indicado que a segurança é o principal problema da cidade na visão dos eleitores e, por isso, seria importante encontrar um nome que respondesse a essa demanda, apesar de a atuação da polícia ser uma atribuição do governo estadual.
Quem acompanha as conversas que envolvem o prefeito, o ex-presidente e o PL diz que a escolha do vice pode ficar para a última hora, considerando todas as variáveis e atores que precisam ser contemplados. O contexto é de instabilidade com o último desentendimento entre Valdemar e Bolsonaro, por exemplo, o que afeta a eleição municipal.
Fonte: Folha.com
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