Marconi Perillo é eleito presidente do PSDB

Novo presidente do partido vai substituir Eduardo Leite que decidiu não permanecer no cargo

Marconi Perillo

O PSDB escolheu nesta quinta-feira o ex-governador de Goiás Marconi Perillo como novo presidente nacional do partido. Ele vai substituir o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que decidiu não permanecer no cargo para se dedicar à gestão estadual e também para focar em tentar se viabilizar como alternativa nas eleições presidenciais de 2026.

Perillo foi governador de Goiás por quatro mandatos e é adversário do atual governador Ronaldo Caiado (União Brasil). 

O novo presidente da legenda deseja que o PSDB tenha candidato a presidente em 2026 e avalia que Leite é "o candidato natural" do partido. Ele considera um erro a decisão de o partido não ter candidato e apoiado a ministra do Planejamento, Simone Tebet, do MDB, na disputa passada.

Próximo de Leite, o ex-senador José Aníbal, que já presidiu o partido de 2001 a 2003, tentou voltar ao cargo, mas não conseguiu apoio interno suficiente e retirou a candidatura. 

Eduardo Leite inicialmente desejava que o ex-senador Tasso Jereissati fosse escolhido para representar o PSDB, mas houve resistência e prevaleceu a vontade de Aécio pela escolha de Perillo. Leite participou da convenção, mas Tasso esteve ausente.

O PSDB tem passado por um processo de diminuição. Hoje a legenda só possui uma bancada de 14 deputados federais. Pelo fato de ter apenas dois senadores, a bancada perdeu o direito a de ter uma estrutura de liderança partidária e foram desalojados de uma sala que possuíam no Senado.

O partido também perdeu nomes relevantes nacionalmente, como Geraldo Alckmin, que foi governador de São Paulo e candidato a presidente duas vezes pelo partido. Ele hoje está no PSB e decidiu ser vice-presidente de Lula, que era seu rival e de seu antigo partido.

A troca no comando do partido acontece em meio a uma contestação judicial do comando de Leite e também de uma queda de braço entre ele e uma ala do partido em São Paulo. Um dia antes de deixar o comando da sigla, o governador gaúcho nomeou o prefeito de Santo André, Paulo Serra, seu aliado, para presidir o PSDB paulista.

Um dos pontos de divergência envolve a eleição para prefeito de São Paulo. Leite deseja que o PSDB tenha candidato próprio e integrantes da sigla na capital paulista querem apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Perillo evitar dar opinião sobre a disputa em São Paulo e diz que isso "é um assunto que tem que ser discutido em conjunto com o PSDB de São Paulo, que é muito forte".

Não é a primeira vez que o ex-governador de Goiás tenta presidir o PSDB. No final de 2017, após o fim do período de Tasso como interino, Perillo chegou a ensaiar uma candidatura para comandar a sigla, com o apoio de Aécio, mas retirou após Geraldo Alckmin viabilizar seu nome para o cargo.

Fonte: O Globo

Comentários

  1. Parabéns! Confiante que vai tentar ajustar o PSDB.

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