Greve em São Paulo esquenta embate pré-eleitoral entre Ricardo Nunes e Boulos

Prefeito de São Paulo chama deputado do PSOL, que apoia as paralizações, de “radical da extrema esquerda”



A greve que paralisou linhas de metrô e trem na Grande São Paulo nesta terça-feira (3/10) esquentou o embate pré-eleitoral entre o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).

Em declarações à imprensa, Nunes destaca o fato de o sindicato que organizou a greve ser dirigido pelo partido de Boulos para classificar o adversário na disputa de 2024 como “radical da extrema esquerda”, uma vez que os metroviários descumpriram decisão da Justiça de manter 100% da operação do metrô no horário de pico desta manhã (das 6h às 9h).

A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, é filiada ao PSOL. 

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“O radicalismo é de um nível tão alto que eles sequer se preocupam com milhões de pessoas que estão sendo prejudicadas”, disse Nunes na manhã desta terça. 

Juntos, Metrô e CPTM transportam cerca de 4,2 milhões de passageiros por dia apenas nas nove linhas afetadas pela greve, sete delas completamente fechadas.

Aliados do prefeito aproveitam o momento para ligar Boulos a ações extremistas, pelo fato de ele ser coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que promove invasões de imóveis desocupados como forma de pressão politica.

Nunes e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, mantiveram contato desde a noite de segunda-feira para definir ações para tentar minimizar os impactos da greve na mobilidade da cidade. Assim como o governador, o prefeito decretou ponto facultativo na cidade nesta terça para reduzir a demanda por transporte.

Na manhã desta terça, uma série de parlamentares do PSOL da Câmara Municipal e da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) fizeram uma série de postagem em favor da greve e contra as privatizações do governo.

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