Alckmin visita áreas atingidas pela seca no Amazonas

Vice-presidente é acompanhado por uma comitiva de seis ministros

Geraldo Alckmin

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, visita nesta quarta-feira áreas atingidas pela estiagem no Amazonas, a pior na região desde 2010. Alckmin está acompanhado por seis ministros. Participam da comitiva os ministros Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança Climática), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Alexandre Silveira (Minas e Energia), José Mucio Monteiro (Defesa) e a secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiaveli, além de representantes dos ministérios da Saúde, Desenvolvimento Social, Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).

No roteiro da comitiva do governo federal está a visita ao Porto de Manaus, para verificar o posto de réguas milimétrica, além de um sobrevoo pelas áreas afetadas pela seca nos municípios de Iranduba e Encontro das Águas. Há, ainda, uma visita à comunidade do Catalão, além de reunião com prefeitos.

Nesta terça-feira, o governo anunciou medidas para o enfrentamento da seca na região Norte, com o investimento de R$ 138 milhões em dragagens. A primeira ocorrerá no rio Solimões, no trecho de 8 quilômetros entre Benjamin Constant e Tabatinga, no valor de R$ 38 milhões. A intervenção deve ser concluída em 30 dias.

A segunda será na chegada da foz do Rio Madeira, em um trecho de 12 quilômetros, ao custo de R$ 100 milhões, que deverá estar ser finalizado em 45 dias.

Além disso, o Ministério do Meio Ambiente tem 191 brigadistas trabalhando na região para o controle de incêndios. A atuação ocorre em duas frentes: uma delas é o combate ao incêndio por desmatamento, mais ao sul do Amazonas e a outra é no entorno das cidades de Manaus, em incêndios urbanos, como queima e limpeza de quintais. De acordo com a ministra Marina Silva, a situação é "insustentável" para a população, com prejuízo especialmente para crianças e idosos.

Mais de 120 botos-cor -de-rosa e tucuxis cinzas morreram no Lago Tefé, no Amazonas, desde a semana passada.

O ministro de Integração Nacional, Waldez Góes, projeta que a seca já está afetando a rotina de 100 mil pessoas na região Norte e projeta que este número poderá chegar a 500 mil atingidos. Amazonas tem 58 municípios em situação de emergência.

Os efeitos da seca na Amazônia são visíveis em grandes rios, como o Negro, Solimões, Purus, Juruá e Madeira. E não há sinal de alívio da seca nos próximos meses.

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