Geraldo Alckmin reúne ministros para definir auxílio aos afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul

Presidente em exercício visitará regiões atingidas neste domingo (10)

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e ministros

g1

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e ministros estiveram reunidos na tarde deste sábado (9), em Brasília, para tratar da emergência no estado. As chuvas começaram na manhã de segunda-feira (4). Nesta quinta-feira (7), o governo federal reconheceu estado de calamidade pública. 

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, afirmou neste sábado (9) que a pasta vai destinar R$ 56 milhões para medidas de apoio aos afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. 

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Diversas medidas já foram tomadas por órgãos federais para auxiliar a população atingida (veja mais abaixo). Neste domingo (10), está prevista uma viagem de Alckmin para as regiões afetadas. 

"Da parte do ministério, vamos colocar cerca de R$ 56 milhões disponibilizados para vários programas, para esse do auxílio 'abrigamento', mas também para o programa de aquisição de alimentos, onde compramos alimentos na própria região para repassar [...]. São várias ações para esses vários ministérios", afirmou Dias após a reunião. 

Ainda, de acordo com o ministro, Alckmin deve anunciar o total investido pelo governo federal no domingo (10). 

“Amanhã ele terá uma consolidação das ações das várias áreas do governo e vai apresentar de forma transparente, mas ele quer antes dialogar com as autoridades locais”, disse o ministro.

Além de Dias, participaram do encontro: 
  • Paulo Pimenta, Ministro de Estado da Secretária de Comunicação da Presidência da República;
  • Paulo Teixeira, ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário;
  • Hildo Rocha, Secretário-Executivo do Ministério das Cidades;
  • Aguiar Freire, Chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa; 
  • Edegar Pretto, presidente da Conab; 
  • Swedenberger Barbosa, Secretário-Executivo do Ministério da Saúde;
  • Irani Ramos, Secretário Especial Adjunto Substituto d e Articulação e Monitoramento da Casa Civil;
  • Waldez Góes, Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional;
  • Wilson Vaz de Araújo, Secretário de Política Agrícola Adjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária;
  • Wolnei Wolff, Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil;
  • Juliana Carneiro, Assessora Especial da Secretaria Executiva da Secretaria de Relações Institucionais;
  • Márcio Henrique de Oliveira Garcia, Diretor do Departamento de Emergência em Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente;
  • Inês Magalhães, Vice-presidente de Habitação da Caixa.

Transferência de R$ 400 por pessoa 

Dias também anunciou neste sábado (9) que a transferência de até R$ 800 por pessoa para os municípios atingidos pelas chuvas será paga em duas etapas de R$ 400 a partir da próxima segunda-feira (11). O valor será destinado aos municípios. 

“Basta o município cadastrar as pessoas que ele tem com essa característica de desabrigado e é feito imediatamente o repasse”, afirmou.

Comitiva

Neste domingo (10), o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, visitará as localidades afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. 

Farão parte da comitiva os ministros: 
  • José Múcio (Defesa); 
  • Nísia Trindade (Saúde); 
  • Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional); 
  • Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar); 
  • Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação da Presidência da República);
  • Wellington Dias (Desenvolvimento Social); 
  • Marina Silva (Meio Ambiente). 

Medidas de apoio 

Diferentes órgãos federais anunciaram medidas de auxílio aos atingidos pelo ciclone no Rio Grande do Sul: 
  • o INSS antecipou R$ 1,2 bilhão em pagamentos de benefícios previdenciários e assistenciais a 700 mil atingidos; 
  • a Caixa Econômica Federal informou que vai liberar o saque do FGTS e suspender, por até 90 dias, os contratos de financiamento habitacional nas cidades afetadas (o contratante precisa solicitar em uma agência);
  • envio de 20 mil cestas com alimentos, sendo que as primeiras 5 mil unidades chegarão no domingo ao Rio Grande do Sul; 
  • previsão de reestabelecer ainda nesta sexta a conexão de comunicação dos municípios afetados; 
  • a Secretaria Nacional de Defesa Civil reconheceu estado de calamidade em 79 cidades, permitindo que as prefeituras solicitem recursos para assistência e reconstrução; 
  • a Receita Federal anunciou que irá disponibilizar mais de 30 mil peças de vestuário, calçados, artigos de higiene, cama e banho, provenientes de apreensões feitas últimos meses, nos estados do RS, SC e PR; 
  • O Comitê Gestor do Simples Nacional --programa que simplifica a arrecadação de tributos-- decidiu prorrogar em 6 meses os prazos para pagamento de impostos por micro e pequenas empresas registradas nos municípios atingidos. Os períodos adiados têm vencimento em setembro, outubro e novembro de 2023.

Ciclone é o maior desastre natural do RS 

As chuvas começaram na manhã de segunda-feira (4). Na noite de terça (5), o governador Eduardo Leite (PSDB) confirmou que se trata da pior tragédia natural que já atingiu o estado. 

As mortes registradas no Rio Grande do Sul superam a maior tragédia natural das últimas quatro décadas no estado, quando 16 pessoas morreram por causa de um ciclone extratropical, em junho. 

Veja números do boletim sobre os danos causados, atualizado na manhã deste sábado (9): 
  • Mortos: 41 
  • Feridos: 223 
  • Pessoas resgatadas: 3.130 
  • Municípios afetados: 88 
  • Desabrigados: 3.193 
  • Desalojados: 8.256 
  • Afetados: 147.401

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