Mauro Cid negocia confissão parcial com a Polícia Federal

Objetivo é reduzir penas a que tenente-coronel pode estar sujeito. Família pressiona por delação, mas advogado é contra

Mauro Cid

Andréia Sadi - g1

A defesa de Mauro Cid negocia com a Polícia Federal uma confissão parcial, segundo o blog apurou junto a interlocutores do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

Ainda não se sabe o que Cid deve confessar. O tenente-coronel do Exército é alvo de uma série de investigações – emissão de falsos comprovantes de vacina contra a Covid, venda de itens da União no exterior entre eles.

Na segunda-feira (28), Cid ficou mais de 10 horas na PF em Brasília para depor no inquérito que investiga a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para desacreditar o sistema judiciário brasileiro.

Advogados do tenente-coronel não tinham tido acesso aos autos desse inquérito, pois Cid não era alvo, e precisavam se inteirar do caso.

Delação x confissão

Cid ainda não definiu se fará ou não delação. O atual advogado dele, Cezar Bittencourt, é contra usar o instrumento no caso dele. Na família do militar, entretanto, há quem defenda a delação como o único jeito de aliviar a situação do pai, Mauro César Lourena Cid (alvo no inquérito dos itens da União) e da mulher, Gabriela Cids (no das vacinas).

O tenente-coronel, porém, pode fazer uma confissão com vistas a diminuir as eventuais penas a que pode estar sujeito.

Numa confissão, o investigado confessa o crime que cometeu. Na delação, além disso, pode entregar outros envolvidos nas irregularidades.

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