Comandante do Exército diz que desvios de conduta serão 'repudiados e corrigidos'

General Tomás Paiva discursou em evento do Dia do Soldado, com a presença do ministro Alexandre de Moraes

Geraldo Alckmin

Jeniffer Gularte - O Globo

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou nesta sexta-feira em evento em alusão ao Dia do Soldado que desvios de conduta na tropa serão "repudiados e corrigidos". Em discurso acompanhado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, responsável por investigações que miram a participação de militares em atos golpistas, Paiva afirmou que o Exército será “intransigentes na defesa da legalidade”.

"Guiados pelo espírito de servir à Pátria, vocês são os fiéis depositários da confiança dos brasileiros, que só foi obrigado pela dedicação extrema ao cumprimento da missão constitucional e pelo absoluto respeito a princípios éticos e valores morais. Esse comportamento coletivo não se coaduna com eventuais desvios de conduta, que são repudiados e corrigidos, a exemplo do que fez Caxias, o forjador do caráter militar brasileiro", afirmou o general ao ler a chamada ordem do dia.

O comandante do Exército segue afirmando que a Força será defensora da democracia:

"Por fim, neste 25 de agosto, ao comemorarmos os 220 anos do nascimento do Duque de Caxias, sejamos como ele: forjados na adversidade, intransigentes na defesa da legalidade, pacificadores e férreos defensores da nossa Pátria e da nossa Democracia", continuou Tomás Paiva.

O presidente em exercício, Gerado Alckmin, também participa do evento. A cerimônia é acompanhada ainda pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e pelo procurador-geral da Republica, Augusto Aras. A chefe de gabinete de Moraes, Cristina Kusahara, foi condecorada com a medalha do Exército Brasileiro.

A cerimônia ocorre em meio a ampliação do número de militares que ocuparam cargos no governo Bolsonaro na condição de investigados pela Polícia Federal em um suposto esquema de venda de presentes dados ao Estado brasileiro. São investigados 18 militares que ocuparam cargos no governo anterior.

Nesta semana, o ministro da Defesa José Múcio Monteiro esteve com ministro da Justiça, Flavio Dino e com o diretor-geral da PF.

Mucio também solicitou a Alexandre de Moraes acesso aos nomes de militares que se encontraram com o hacker Walter Delgatti no ministério da Defesa no ano passado.

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