Oposição no Senado estuda defender reforma tributária para não repetir 'erro' da Câmara

Governo e os presidentes do Senado e da Câmara querem promulgar a reforma tributária antes do final do ano


Valdo Cruz - g1

A reforma tributária começa a tramitar no Senado em agosto. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), promete aprovar o texto, mas senadores querem debater e fazer mudanças.

Enquanto isso, a direita e a centro-direita no Senado não querem repetir, em peso, o erro de aliados na Câmara, que se desgastaram ao seguirem a orientação de Jair Bolsonaro (PL) e votarem contra a proposta de mudança no sistema tributário brasileiro.

O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), por exemplo, defendeu a aprovação da reforma tributária durante a reunião do partido na semana passada.

À ocasião, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi interrompido ao defender a medida e afirmar que a direita não poderia cometer o erro de ficar contra uma proposta que sempre defendeu.

Outros senadores vão seguir o caminho do líder. A avaliação deste grupo é que poucos senadores vão acompanhar Bolsonaro.

Por sinal, há uma expectativa dentro do PL que, no Senado, o ex-presidente Jair Bolsonaro mude de posição. A repercussão de seu posicionamento foi muito negativa nas redes sociais e também entre empresários que apoiaram seu governo, enfraquecendo ainda mais Bolsonaro no campo político.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também ficou irritado com a postura de Bolsonaro e apontou como um erro político.

O texto deve sofrer mudanças no Senado. O governo espera que os senadores concluam a votação até final de setembro, permitindo que os deputados votem as alterações ainda em outubro.

O governo e os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, querem promulgar a reforma tributária antes do final do ano.

Comentários