Animais de estimação de pessoas em situação de rua recebem atendimento veterinário

Ação integra a Operação Baixas Temperaturas, da Prefeitura de São Paulo, e volta a acontecer nos dias 6, 7 e 8 de julho, na Praça da República; pets podem ser vacinados, vermifugados e receber microchip



Estúdio Folha

Não apenas as pessoas em situação de rua precisam de cuidados nas noites mais frias de São Paulo. Seus animais de estimação também. Foi o que aconteceu com Dolly, uma pequena cadela sem raça definida, que é fiel companheira de V., que vive nas ruas da cidade. No sábado (1/7), Dolly foi o último pet a ser atendido pela equipe da Operação Baixas Temperaturas (OBT), da Prefeitura de São Paulo, na avenida Cruzeiro do Sul, zona norte da capital. Ela foi examinada por uma veterinária e recebeu vacina e vermífugo.

A ação de atendimento veterinário aos animais faz parte da OBT, força-tarefa que é realizada todos os anos em regiões estratégicas da cidade de São Paulo para acolher e atender pessoas em situação de rua nos dias mais frios do ano, quando os termômetros atingem temperaturas abaixo de 13ºC.

Além de oferecer abrigo nos diversos centros de acolhimentos do município, a Prefeitura, por meio da OBT, distribui cobertores, agasalhos e alimentos quentes. A finalidade é reduzir os impactos do frio na saúde da população mais vulnerável e prevenir o risco de hipotermia.

A OBT é realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em conjunto com as pastas de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) e Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC).

ATENDIMENTO VETERINÁRIO

O atendimento veterinário aos pets das pessoas em situação de rua é realizado pela Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap), da SMS. A ideia é que os animais também recebam os cuidados necessários.

A equipe avalia a condição de saúde dos animais, e os casos de baixa complexidade são sanados na hora. Os que precisam de atendimento mais complexo são encaminhados para um dos quatro hospitais públicos veterinários da cidade, nas zonas norte, sul, leste e oeste.

Os animais não castrados são registrados, e a castração é programada, desde que o responsável pelo pet autorize. O objetivo é tratar e prevenir doenças nos animais e monitorá-los para proporcionar maior conforto a eles e a seus tutores.

A primeira semana da ação com os pets aconteceu de 29 de junho a 1º de julho, na avenida Cruzeiro do Sul. Uma equipe formada por veterinários e agentes de saúde animal faz o atendimento clínico, castração, aplicação de vacinas, de vermífugo e de antipulgas, além da implantação de microchip nos cães.

A segunda e última semana da ação será nos dias 6, 7 e 8 de julho, das 9h às 14h, na Praça da República, região central da capital.

Os animais, em sua maioria cães sem raça definida e de pequeno porte, fazem companhia e alertam para a chegada de intrusos, o que proporciona maior segurança às pessoas em situação de rua.

"A Pantera é a minha grande companheira na vida. Faço tudo por ela", diz o tutor da cadela de cor preta, que também recebeu cuidados da equipe da OBT, assim como outros cães que estavam nas proximidades.

ATENDIMENTO AOS ANIMAIS DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
  • Quando: 6, 7 e 8 de julho
  • A que horas: das 9h às 14h
  • Onde: Praça da República (região central)

Clique e saiba mais sobre a OBT e locais de atendimento.

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