Lula indica Cristiano Zanin para vaga no Supremo Tribunal Federal

Informação foi confirmada por Rodrigo Pacheco; advogado do presidente assumirá cadeira de Ricardo Lewandowski se for aprovado no Senado

Cristiano Zanin e Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que vai indicar nesta quinta-feira, 1, seu advogado, Cristiano Zanin Martins, 47, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski.

A informação foi confirmada pelo presidente do Senado Rodrigo Pacheco. O senador afirmou que recebeu a confirmação ontem e que avalia ‘positivamente’ a escolha de Lula. “É alguém que reúne condições e predicados para ser ministro do Supremo Tribunal Federal”, elogiou.

O presidente do Senado prometeu encaminhar prontamente a indicação à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A CCJ é responsável por sabatinar o candidato a ministro antes da votação no plenário. Zanin precisa de pelo menos 41 senadores. “Ele (Zanin) está animado, otimista, obviamente visitará os senadores para se apresentar”, acrescentou Pacheco.

Com a indicação, o STF deve voltar em breve à formação completa, com 11 ministros, o que na prática previne empates nos julgamentos. O tribunal tem na pauta temas importantes para o governo, como a constitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas, aprovado nesta semana na Câmara.

A nomeação de Zanin, advogado pessoal de Lula, mostra que o presidente quer um aliado fiel no tribunal. O petista tem dito a interlocutores que uma de suas maiores preocupações é evitar o que considera como ‘erros’ cometidos em indicações anteriores. Zanin desbancou o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, ex-secretário-geral da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tinha o apoio de Lewandowski.

Em seus primeiros mandatos (2003-2010), Lula indicou os ministros Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Cezar Peluso, Carlos Ayres Bitto, Joaquim Barbosa e Menezes Direito. O presidente tem outra nomeação para fazer em setembro, quando a ministra Rosa Weber se aposenta.

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