Programa Mãe Paulistana já atendeu mais de 500 mil mulheres

Rede de Atenção Materno-Infantil garante realização do pré-natal, agendamento em maternidade, realização de exames e acompanhamento do bebê


Garantir uma gravidez segura e sem complicações para as mães e seus filhos, além do acompanhamento no período puerperal e na primeira infância são algumas das diretrizes da Rede de Atenção Materno-Infantil Mãe Paulistana. O programa, conduzido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), atendeu mais de 500 mil mulheres nos últimos seis anos e realiza atualmente o acompanhamento de 51 mil gestantes na capital.

Entre as orientações do Mãe Paulistana estão a captação precoce da gestante (até a 12ª semana de gravidez), garantia de sete ou mais consultas de pré-natal e realização de exames laboratoriais e ultrassonografia. As consultas (mensais, quinzenais e semanais, de acordo com o período da gestação) permitem não apenas a detecção precoce de eventuais problemas na saúde da mulher, como hipertensão, mas também a transmissão vertical de doenças como HIV/Aids, sífilis e hepatite B.

“O trabalho de busca e inclusão das gestantes é realizado cotidianamente pelas equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que, por meio da atenção integral a estas mulheres, conseguem detectar precocemente eventuais problemas e riscos à gestação, garantindo um parto mais tranquilo e também uma melhor assistência ao recém-nascido”, diz assessora técnica de Saúde da Mulher, Sônia Raquel Wippich Coelho.

Também estão inclusos no programa: transporte público gratuito para gestantes por meio do cartão São Paulo Transporte (SPTrans); qualificação da rede para redução da mortalidade materna e infantil; estímulo ao parto normal humanizado, com visita antecipada à maternidade de referência para o parto, grade de parto acessível; agendamento pela maternidade e garantia da consulta da puérpera e da primeira consulta do recém-nascido; bolsa e enxoval para o recém-nascido e estímulo ao aleitamento materno.

Bebês são acompanhados na rede

Nos recém-nascidos, além do teste do pezinho ampliado, que detecta 50 doenças metabólicas, genéticas ou endócrinas de forma precoce, é realizada a Triagem Auditiva Universal, importante no diagnóstico da surdez ou déficit auditivo precoce, além do teste do reflexo vermelho universal, que detecta eventuais doenças oculares como catarata congênita, retinoblastoma e retinopatia da prematuridade (ROP), com encaminhamento para centros de tratamento sempre que necessário.

Passado o período pós-parto e puerperal, o programa garante ainda o acompanhamento dos bebês, por meio de consultas pediátricas. “A primeira coisa que fiz foi procurar a UBS”

A publicitária Laís Gregory conta que sua primeira reação ao saber que estava grávida foi procurar o serviço de saúde mais próximo, a Assistência Médica Ambulatorial (AMA)/UBS Vila Carrão. Mãe pela primeira vez e sem ninguém da família para orientá-la, foi recebida por uma enfermeira, e logo estava cadastrada no Mãe Paulistana. O parto foi realizado no último dia 18 de abril na Maternidade João XXIII, na Mooca, e alguns dias depois mãe e filho tiveram alta. “Fomos muito bem tratados, e eu recebi orientação, tanto ao longo da gravidez quando após o parto, em coisas sobre as quais tinha dúvidas; foi incrível”, elogia a puérpera.

Mãe Paulistana Digital

Para as gestantes de alto risco, a rede municipal de saúde oferece também o serviço da central telefônica Mãe Paulistana Digital, que envolve o aplicativo e-saúdeSP. Nele, as futuras mães contactam as equipes de saúde que entram em contato telefônico para o acompanhamento gestacional. O serviço é importante também durante o puerpério, pois ter o acolhimento de uma equipe de enfermeiros, mesmo que por telefone, dá a possibilidade de conectar as mães e suas famílias a orientações e suporte nesta nova etapa da vida. Desde agosto de 2021, o Mãe Paulistana Digital já realizou mais de 94 mil atendimentos remotos.

Orientações para ingressar no programa

Para ingressar no programa Mãe Paulistana, a mulher com suspeita de gravidez deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima à sua residência, trabalho ou escola e realizar o teste de gravidez. Se confirmada a gestação, são pedidos alguns exames e feito o cadastro no programa. Todo o atendimento é feito mediante a apresentação do cartão SUS, obtido na própria UBS mediante a apresentação do RG e comprovante de residência.

A Rede de Atenção Materno-Infantil Mãe Paulistana está presente nas 470 UBSs, além de 23 Ambulatórios de Especialidades, 16 maternidades e duas casas de parto.

Saúde da Mulher na rede municipal

A Área Técnica de Saúde da Mulher é responsável, dentro da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por elaborar políticas, protocolos e linhas de cuidados voltados às mulheres, envolvendo todas as faixas etárias e demandas em áreas como saúde sexual e reprodutiva, pré-natal e assistência obstétrica, climatério e menopausa, entre outras.

Para saber mais sobre a atuação da área, clique aqui.


É importante que, nas várias fases da vida, as mulheres realizem consultas médicas de rotina para acompanhamento de sua saúde. A porta de entrada é sempre a UBS mais próxima de sua residência, a partir de onde, sempre que necessário, é realizado o encaminhamento para atendimento especializado, exames e procedimentos.

A localização de todos os equipamentos da capital pode ser consultada por meio da plataforma Busca Saúde. https://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br.

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