Prefeitura de São Paulo defende discussão sobre a tarifa zero no transporte em reunião da Frente Nacional de Prefeitos

Encontro aconteceu no Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (3), e debateu questões sobre o financiamento do transporte coletivo

Ricardo Nunes 

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reafirmou o compromisso da gestão municipal com a realização de estudos para viabilização da tarifa zero no transporte da cidade de São Paulo e salientou a necessidade de participação dos governos federal e estadual no financiamento do transporte público municipal durante um encontro promovido pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), na manhã desta quarta-feira (03), no Rio de Janeiro.

Segundo Nunes, a ideia é incentivar o uso do transporte coletivo, além de melhorar o trânsito. “As cidades que instituíram a gratuidade no Brasil tiveram uma melhora na economia. Melhorando a economia, melhorou a questão do emprego. E tem uma questão, inclusive ambiental, já que 66% da emissão de gases de efeito estufa são provenientes dos veículos que circulam pelas cidades”, disse. “O financiamento é fundamental. Não é possível que os governos federal e estadual lavem as mãos e deixem essa questão só com os municípios”, completou.

A cidade de São Paulo tem a menor tarifa de transporte público por ônibus entre as 39 cidades da Região Metropolitana. Com valor de R$ 4,40, a passagem está congelada desde 2020 e permite que os 7,3 milhões de passageiros que utilizam o sistema diariamente façam até quatro embarques em até três horas pagando apenas uma entrada com o Bilhete Único ou tenham desconto na integração com os trilhos.

Isso é possível porque a Prefeitura de São Paulo subsidia o sistema, em que “paga” a mais pelo serviço para não onerar a população. Sem ele, a passagem custaria ao cidadão R$ 7,26. Em 2022, o subsídio foi de R$ 5,103 bilhões.

“Em São Paulo, nós tivemos algo em torno de R$ 5 bilhões de subsídio, mas R$ 770 milhões foram para gratuidade de estudantes, R$ 660 milhões para gratuidade dos idosos acima de 65 anos e R$ 444 milhões para gratuidade das pessoas com deficiência”, explicou o prefeito Ricardo Nunes.

Apesar do valor da tarifa abaixo do cobrado nas demais cidades a Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, continua investindo na renovação da frota, que tem idade média inferior a 5 anos, e na modernização do sistema. Somente nos quatro primeiros meses deste ano, por exemplo, entraram 555 novos ônibus na frota, que conta com 11.934 veículos. Desde 2019, foram incluídos 6.216 ônibus zero km.

A renovação dos veículos também garante sua modernização, o que proporciona ao passageiro mais conforto nas viagens: 87% dos ônibus são equipados com ar-condicionado, 90% têm tomadas usb e 45% contam com wi-fi. Entre esses veículos, estão 219 ônibus elétricos, dos quais 18 são movidos à bateria.

No encontro, Nunes apontou que entre 2019 e 2022 cerca de 2 milhões de pessoas deixaram de utilizar o transporte público municipal. “Diminuímos o número de pessoas utilizando o transporte coletivo e a gente precisa incentivar o uso para desincentivar o uso do transporte individual por uma série de questões, para que as pessoas possam ter acesso ao transporte, fomentar a economia e para que a gente possa, inclusive, melhorar a questão do meio ambiente. Nós estamos estudando. Os estudos não foram finalizados, mas alguns passos ainda precisam ser tomados como, por exemplo, alterações na legislação federal

Comentários

  1. Anônimo3/5/23 19:08

    Parabéns humanizando o transporte público

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  2. E assim que precisamos de um prefeito com complemento de trabalho sério muito obrigado pela atenção boa noite

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