Expansão do programa de câmeras corporais na PM está paralisada sob Tarcísio

Governo de São Paulo  herdou programa com 10.125 câmeras corporais para a PM e não realizou nova aquisição de equipamentos até agora

Tarcísio de Freitas

A expansão do programa de câmeras corporais para a Polícia Militar (PM) de São Paulo está paralisada no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Chamado de Olho Vivo, o programa começou experimentalmente em 2020, ainda na gestão João Doria (ex-PSDB), e é apontado como um dos principais responsáveis pela redução do número de mortes de suspeitos e de policiais em serviço.

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A atual gestão herdou dois contratos de prestação de serviço, ambos assinados com o consórcio Axon e Advanta, em fevereiro e em setembro 2021, que somam 10.125 câmeras corporais disponíveis no estado. O efetivo da PM é de cerca de 80 mil homens e mulheres.

Com entregas escalonadas de novos equipamentos, esses contratos foram 100% implementados às vésperas da eleição para o governo de São Paulo, em 2022, vencida por Tarcísio. Desde então, nenhuma nova aquisição foi realizada.

Em dezembro de 2022, depois da vitória nas urnas e antes da posse, Tarcísio já havia recuado da promessa feita na campanha, dizendo que iria “manter” o programa implementado pela PM no governo do PSDB.

Já em janeiro, o secretário da Segurança Pública (SSP), Guilherme Derrite, chegou a afirmar que iria “rever” a instalação de câmeras corporais – discurso que logo em seguida foi ajustado para “ampliar” o número de funcionalidades e de equipamentos em São Paulo.

Sem novas aquisições, o número de batalhões da PM que integram o Olho Vivo segue sendo minoria. Atualmente, 64 das 135 unidades policiais fazem parte do programa, de acordo com a SSP.

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