Alckmin condena invasões de terra durante reunião com bancada ruralista: “Invadiu, desinvadiu”

Vice-presidente almoça com Frente Parlamentar da Agropecuária, e destacou que suas posições eram as mesmas das do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que foi seu secretário de Segurança Pública no Governo de SP

Geraldo Alckmin e Frente Parlamentar da Agropecuária

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, almoçou com deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e condenou invasões de terra. Antes mesmo de ser questionado sobre o assunto, nesta terça-feira, 16, Alckmin se antecipou e disse que, se invasores ocupam uma propriedade pública, não é necessário nem mesmo pedir reintegração de posse.

“Invadiu, desinvadiu. É simples assim. Cumpra-se a lei”, afirmou o vice-presidente. “Invasão não pode ser tolerada por ninguém. Está na Constituição.”

Ao retomar o discurso de tolerância zero a ocupações de terra, Alckmin destacou que suas posições eram as mesmas das do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi secretário de Segurança Pública quando ele era governador de São Paulo.

“Se alguém invade uma propriedade, peço a reintegração de posse e cabe ao Estado imediatamente executar. (...) Então, total respeito à propriedade privada. Vou mais longe, hein? Se for propriedade pública, não precisa nem reintegração de posse”, argumentou o vice. “O ministro Alexandre de Moraes, que era meu secretário de Segurança Pública, disse: ‘Geraldo não há necessidade de pedir reintegração de posse’. Invadiu um prédio público, reintegra direto”, acrescentou ele.

Durante a conversa com os integrantes da FPA, Alckmin foi bastante questionado sobre invasões e não poupou críticas a esses atos. Disse, no entanto, que a feira do MST era “familiar” e vendia “produtos orgânicos e artesanais”, tão importantes como os da agricultura comercial. 

Dirigentes da FPA pediram ao vice-presidente que atuasse como “ponte” para o diálogo do agronegócio com o governo Lula. Ao final do encontro, Alckmin conseguiu descontrair o ambiente e até contou seus famosos “causos”.

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