Prefeitura de São Paulo turbina gastos com ações ligadas a zeladoria, segurança e assistência social

Ricardo Nunes escalou o secretário de Governo, Edson Aparecido, para desatar os nós que travavam investimentos 

Edson Aparecido e Ricardo Nunes

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), vai turbinar neste bimestre os gastos com ações ligadas à zeladoria, como varrição de ruas e conservação de praças, e assistência social.

Os gastos subiram 70% em março e abril na comparação com o primeiro bimestre do ano.

Para aumentar os índices de execução dos gastos públicos, a Prefeitura negociou com as concessionárias de limpeza urbana e empresas que fazem a varrição um aumento das equipes que atuam nas ruas e do volume de resíduos recolhidos diariamente.

A gestão Nunes também aumentou o número de atendimentos feitos pelas equipes de assistência social e o patrulhamento feito pela Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Como resultado dessas ações, em março e em abril — até esta segunda-feira (24) —, essa média diária subiu para R$ 31,3 milhões (ou R$ 1,6 bilhão nos dois meses), chegando a um total de R$ 2,7 bilhões de execução de janeiro até agora.

O cálculo inclui os chamados gastos de custeio, aqueles que a Prefeitura tem de fazer diariamente, e também investimentos nessas áreas.

A média de gastos com essas atividades deve crescer ainda mais. Nesta segunda-feira (24) o prefeito anunciou que chamará mil GCMs para reforçar o patrulhamento da cidade, especialmente a região central, e a contratação de outros 500 guardas já aprovados em concursos públicos.

Nunes escalou o secretário de Governo, Edson Aparecido, para a missão de desatar os nós que seguravam a máquina pública.

Além de reuniões diárias com as demais secretarias do governo, Edson é o principal encarregado de garantir a interlocução com outros órgãos que costumam travar investimentos da Prefeitura, como o Tribunal de Contas do Município (TCM), que mantém suspensas algumas obras tidas como estratégicas para a gestão Nunes, como os corredores de ônibus da zona leste.

Os dados do segundo bimestre, que ainda não está fechado, já deram ânimo a alguns dos aliados mais próximos do prefeito. Com a fila de espera por vagas em creches já zerada e sem gargalos mais críticos na área da saúde, que saiu da pandemia com mais leitos de internação e dois novos hospitais, a avaliação dos aliados do prefeito é que as demandas sociais já não seriam um impeditivo para que a avaliação do prefeito melhorasse.

Agora, a expectativa é que, gastando mais, a população possa ter a percepção de que os serviços de zeladoria melhoraram, o que garantiria ao prefeito se provar politicamente viável aos partidos com os quais tem buscado aliança para a campanha de reeleição em 2024.

Fonte: Metrópoles

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