Presidente em exercício destacou ainda ações do MDIC para a redução do Custo Brasil e a ampliação da competitividade e inovação da indústria
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, reforçou nesta quarta-feira (12/4) que o país caminha para uma neoindustrialização, com o fortalecimento da indústria nacional em bases mais sustentáveis. A declaração foi dada durante abertura do Fórum da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB).
“Sempre a pergunta foi ´onde fabrico bem e barato?’. E continua. O consumidor quer um produto de boa qualidade e acessível a ele. [Mas] a pergunta então é onde fabrico bem, barato e consigo compensar as emissões de carbono de gases de efeito estufa”, ressaltou Alckmin, para quem o Brasil tem potencial para atrair muito investimento na área de energia sustentável, mercado de carbono e hidrogênio verde – inclusive pelo etanol. “Temos oportunidades por todos os lados”, afirmou.
O presidente em exercício citou a desindustrialização precoce e “extremamente preocupante” que o país viveu nos últimos anos, reduzindo a importância da manufatura industrial na economia. E destacou ações já realizadas pela atual gestão — como a própria criação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e os esforços para a redução do Custo Brasil e a ampliação da competitividade e inovação da indústria. Deu como exemplo, ainda, o recém-lançado novo PADIS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores), que garante isenção fiscal para estimular o setor de semicondutores e de placas solares.
Em relação ao setor de infraestrutura, Alckmin destacou seu potencial fortemente gerador de empregos e oportunidades. “Infraestrutura é questão de estado, e estado somos todos nós”, afirmou, para em seguida citar uma frase do Papa Paulo VI: “O desenvolvimento é o novo nome da Paz. Não há paz verdadeira se as pessoas não têm oportunidade de trabalho, não têm refeição. Então esse é um esforço coletivo. Não é só de governo, mas da sociedade organizada. Quando nós unimos o setor produtivo, a sociedade civil organizada e governo, nós erramos menos e acertamos mais.”
Ele defendeu a importância dessa união na infraestrutura, por meio de Parcerias Público-Privadas e concessões, ressaltando que a garantia dada pelo governo é fundamental para atrair investimentos privados.
Alckmin concluiu seu discurso afirmando que o Brasil terá um crescimento forte e sustentável, e que a boa infraestrutura é fundamental para a competitividade do país, além de gerar empregos e oportunidades para a população.
Acordos internacionais – O presidente em exercício também reafirmou a importância das relações comerciais com os países vizinhos na América Latina, que representam apenas 26% do comércio do Brasil. Segundo ele, é fundamental investir em parcerias recíprocas e estreitar relações com os países da região.
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