Geraldo Alckmin destaca importância do comércio por blocos

Para o vice-presidente, América Latina tem potencial para aumentar o comércio na região e fortalecer o setor de indústria

Geraldo Alckmin

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ressaltou, nesta segunda-feira (27), a importância de se comercializar entre blocos para o fortalecimento do setor de indústria.

Ao participar da posse da nova presidência do Conselho Nacional do Sesi, Alckmin citou dados referentes ao comércio entre os blocos da União Europeia e da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Embora não tenha citado o Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, a declaração ocorre em um momento em que o governo brasileiro tenta frear um possível acordo de livre comércio entre Uruguai e China.

A avaliação do Ministério das Relações Exteriores é que o possível acordo entre uruguaios e chineses abalaria o Mercosul, pois colocaria em xeque a Tarifa Externa Comum usada pelos países do bloco para transações entre si. Os outros países do bloco também discordam da posição do Uruguai e defendem que o acordo seja feito entre todas as nações do grupo.

“Embora o mundo seja globalizado, o comércio é intrarregional. Se pegarmos a União Europeia, mais de 50%, quase 60% é entre eles o comércio. Se pegar a Asean, é 70% é entre eles, o comércio é ali na região. E aqui na América Latina é 26%. Então nós temos um potencial de aumentar o comércio na região extraordinário”, afirmou o vice-presidente.

Acordo Mercosul-UE

Enquanto o Uruguai procura negociar paralelamente com a China, o Mercosul tenta fechar um acordo comercial com a União Europeia, que reúne 27 países europeus.

Em janeiro, Lula disse que, “se tudo der certo”, o acordo entre os blocos deve ser fechado ainda no primeiro semestre deste ano.

As negociações do tratado entre os blocos foram concluídas em 28 de junho de 2019, mas para que o acordo passe a funcionar de fato, deve passar por um processo de revisão e ratificação por parte dos congressos nacionais dos países do Mercosul e pelo Parlamento Europeu.

Fonte: Metrópoles

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