Após 2 anos de queda, PMs voltam a matar mais no 1º mês de Tarcísio

Mortes causadas por PMs no estado aumentaram 44% em janeiro, 1º mês do governo Tarcísio, em relação ao mesmo mês do ano passado

Tarcísio e Derrite


Vinicius Passarelli - Metrópoles

O número de mortes causadas por policiais militares (PMs) – em serviço ou em folga – aumentou 44% no estado de São Paulo em janeiro deste ano, primeiro mês do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), em comparação com o mesmo período do ano passado.Segundo dados oficiais da Secretaria da Segurança Pública (SSP), publicados no Diário Oficial, foram 36 mortes por PMs registradas em janeiro no estado, contra 25 em janeiro de 2022.

O índice de letalidade policial vinha de duas quedas consecutivas: em janeiro de 2020 foram 84 mortes; em 2021, foram 60.

A alta foi puxada especialmente pelas mortes causadas por PMs de folga: foram 13 em janeiro de 2023 contra apenas 3 no mesmo mês de 2022, um aumento de mais de 300%. Já policiais em serviço mataram 22 pessoas em janeiro de 2022 e 23 no mesmo mês deste ano.

Nas capital paulista, os números mais que dobraram: foram 21 pessoas mortas por policiais em janeiro de 2023. No mesmo mês do ano passado, foram 9, um aumento de 133%. Considerando apenas PMs em serviço, o aumento foi de 6 para 13, mais de 100%. Já PMs em folga mataram 8 pessoas no último janeiro. Em 2022, foram 3.

Segundo especialistas, as quedas nos anos anteriores podem estar vinculadas tanto às câmeras corporais acopladas nas fardas dos policiais, política iniciada de forma experimental em agosto de 2020 e implementada de forma definitiva em 2021, como à menor circulação de pessoas em meio à pandemia.

Casos recentes

No dia 12 de janeiro, agentes da Rota atiraram 28 vezes contra dois suspeitos, após perseguição na Rua da Consolação, na região central de São Paulo. Os dois morreram no local.

Já no dia 18 de janeiro, um homem foi morto após suposta troca de tiros com policiais da Rota, em Santo André, na Grande São Paulo.

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