Geraldo Alckmin diz que assessor de Biden falou em buscar recursos 'vultosos' para Fundo Amazônia

Vice-presidente e integrantes do governo Lula se reuniram com John Kerry em Brasília. EUA já anunciaram intenção de doar para o fundo, mas ainda não informaram valor

John Kerry, Geraldo Alkmin e Marina Silva

Por Filipe Matoso, g1

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin afirmou nesta segunda-feira (27 ) que o enviado especial do governo dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, se comprometeu a buscar recursos "vultosos" para o Fundo Amazônia.

Alckmin deu a declaração após ter participado de uma reunião com Kerry e integrantes do governo Lula no Palácio Itamaraty, em Brasília, sede do Ministério das Relações Exteriores.

O presidente Lula esteve em Washington (EUA) neste mês e, após o encontro com o presidente Joe Biden, o governo americano anunciou a intenção de contribuir com o Fundo Amazônia. O valor, contudo, ainda não foi informado.

"O enviado John Kerry não definiu valor, mas colocou que ele vai se empenhar junto ao governo, ao Congresso americano e junto à iniciativa privada para termos recursos vultosos, não só no Fundo Amazônia, mas como também outras cooperações", declarou Alckmin após o encontro com Kerry.

Questionado se os Estados Unidos estão exigindo alguma contrapartida do Brasil para anunciar os recursos, Alckmin respondeu que "não".

"O compromisso do Brasil já ficou claro na presença do presidente Lula no encontro com o presidente Joe Biden. Ficou claro o compromisso do Brasil de ser o grande protagonista no combate às mudanças climáticas", afirmou.

A colunista do g1 Júlia Duailibi informou que o valor a ser doado pelos Estados Unidos deve ficar em cerca de US$ 50 milhões.

A embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Bagley, já declarou que o montante será definido em conjunto pela Casa Branca com o Congresso americano.

Criado há cerca de 15 anos, o Fundo Amazônia ficou parado entre 2019 e 2022, no governo Jair Bolsonaro (PL), e foi reativado em janeiro deste ano por determinação do presidente Lula.

Desde que Lula determinou a reativação do fundo, Noruega e Alemanha (principais doadores) anunciaram a liberação de recursos. A União Europeia também já informou que pretende doar.

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