Com 33 milhões de famintos, Bolsonaro diz que Brasil ‘não tem problemas’

"Estão vendo como é que tá o mundo, pessoal, e como é que tá o Brasil? A gente tá bem", declarou o presidente a apoiadores


Por Gustavo Maia - Veja

Em mais um dia de agenda leve, com apenas dois compromissos de meia hora cada, Jair Bolsonaro parou na saída do Palácio da Alvorada nesta quinta para bater papo com os apoiadores, como de costume. E aproveitou a conversa para exaltar um Brasil “sem problemas internos”, ignorando a penúria dos 33 milhões de famintos no país. 

“Estão vendo como é que tá o mundo, pessoal, e como é que tá o Brasil? A gente tá bem. Todas as previsões do Produto Interno Bruto foram revisadas pra cima, não por nós. E uma agência falou que ia ter recessão esse ano, mas vai ficar pro ano que vem (risos)”, orgulhou-se o presidente. 

Bolsonaro então se arvorou a falar da guerra da Ucrânia, assinalando que as barreiras econômicas dos Estados Unidos e da Europa contra a Rússia não deram certo. 

“A minha [política] foi do equilíbrio. Mais do que negociarmos os fertilizantes, a segurança alimentar para o mundo e a soberania da nossa Amazônia. Um país [Rússia] que está conosco nessa questão de soberania, que alguns não dão valor pra isso, não sabem a riqueza que têm nas mãos”, comentou. 

Na sequência, exaltou o feito de estar “fazendo ressurgir o patriotismo no Brasil” e promover a queda do preço dos combustíveis no país. 

“Os combustíveis caindo bastante. Ninguém me culpa agora, né? Cai combustível, cai inflação também. Não temos desabastecimento. Não temos problemas internos. Não temos terrorismo aqui”, declarou o presidente, acrescentando que acabou com o MST. 

“O pessoal vai entendendo devagar aí que não é no grito, não é na demagogia, não é prometendo paraíso pra todo mundo, que a esquerda sempre promete, que a gente pode sonhar com ter um Brasil melhor. O Brasil não é mais do futuro, é do presente […] E, se não é eu, esse Brasil já tava no buraco”, concluiu.

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