A estratégia de Rodrigo Garcia para derrotar o bolsonarismo em SP

Tucano aposta em se contrapor a Tarcísio de Freitas, candidato de Bolsonaro, para se firmar como nome da centro-direita capaz de chegar ao segundo turno 



Maquiavel/Veja

Ciente de que apenas um candidato de centro e centro-direita deve passar para o segundo turno nas eleições do governo de São Paulo — segundo o último Datafolha, Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB) lideram a disputa –, a equipe do governador do estado, Rodrigo Garcia (PSDB), tem algumas linhas de ação já traçadas para bater o adversário Tarcísio de Freitas (Republicanos), que conta com apoio do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de outubro.

Um dos pontos é explorar a rejeição ao presidente no estado (que, mesmo em queda, ainda é relativamente elevada), destacando que o governo federal não agiu para vacinar a população de forma célere e, com isso, acelerar a reabertura comercial pós-quarentena. Outras estratégias serão pontuar que Tarcísio não é uma pessoa familiarizada com os problemas do estado (o candidato é carioca) e bater na tecla de que “ideologia não enche a barriga de ninguém”. 

Mas, além da discussão política, Garcia vai lançar mão também de temas relativos à gestão do estado. Ele vai apresentar os resultados positivos do mandato Doria/Garcia, especialmente no plano econômico, lembrando que São Paulo cresceu cinco vezes mais do que a média do país durante a pandemia.

O governador ainda pretende atacar em outras duas frentes: 1) Fazer promessas relacionadas à educação, oferecendo ensino em período integral nas escolas estaduais e jornada dupla no ensino médio (que garante tanto o diploma de ensino regular quanto o de ensino técnico); e 2) Focar os últimos meses da atual gestão na segurança pública, um terreno em que bolsonaristas vão bem, para mostrar bons desempenhos na área.

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