Doria se reúne com deputados e senadores tucanos em Brasília

Governador de São Paulo reuniu 14 deputados e 2 senadores em jantar para angariar apoio nas prévias



O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), participou nesta 4ª feira (11) de jantar em Brasília com
deputados e senadores e outros correligionários em busca de apoio para as prévias do partido que escolherá o candidato da legenda à Presidência em 2022.

Para Doria, as prévias podem provocar uma “decantação” interna e admitiu a possibilidade de deputados deixarem o partido. Ele defendeu, no entanto, que esse processo resulta no fortalecimento, e não no enfraquecimento do PSDB. 

“A decantação fortalece porque, se você interpretar a decantação como de fato ela é, ficarão os bons, ficarão aqueles que têm o espírito do PSDB e querem lutar pelo PSDB e, principalmente, lutar pelo Brasil”, declarou Doria. 

O mandatário conversou com jornalistas na noite desta 4ª feira (11) antes de um jantar no hotel Royal Tulip, em Brasília, com os integrantes das bancadas tucanas na Câmara e no Senado que o apoiam no processo interno de escolha da sigla. Participaram do encontro 14 deputados e 2 senadores. 

A bancada do PSDB na Câmara conta com 32 partidos. No Senado, são 6 integrantes da sigla. 

Depois do evento, alguns participantes disseram á imprensa que Doria usou a ocasião para apresentar números e resultados de sua gestão no Executivo paulista. O pré-candidato tucano à Presidência não teria abordado compromissos ou promessas políticas. 

Além de congressistas, compareceram ao evento o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, o ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo e ex-deputado federal Antônio Imbassahy e outros filiados. 

Eis a lista completa de presença: Bruno Araújo, presidente nacional Antônio Imbassahy, ex-ministro e ex-deputado federal Senadores: Senador Izalci Lucas (DF) e Senador José Aníbal (SP). Deputados federais: Alexandre Frota (SP), Beto Pereira (MS), Bruna Furlan (SP), Carlos Sampaio (SP), Danilo Forte (CE), Domingos Sávio (MG), Eduardo Cury (SP), Miguel Haddad (SP), Nilson Pinto (PA), Otavio Leite (RJ), Rossoni (PR), Samuel Moreira (SP), Vanderlei Macris (SP) e Vitor Lippi (SP). 

Também marcaram presença o ex-deputado federal Sebastião Madeira (MA), o cientista político e ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência Hussein Kalout e o prefeito e vice-prefeito de Holambra (SP), Fernando Capato e Miguel Esperança. 

“[O jantar ocorre] dentro de um processo de disputa, mas uma disputa democrática, boa, saudável, sem embates pessoais. Eu não farei, os demais também não farão embate pessoal nenhum com ninguém, nem com Eduardo [Leite, governador do Rio Grande do Sul] nem com Tasso [Jereissati, senador] nem com Arthur [Virgílio, ex-prefeito de Manaus]. O embate aqui é outro, é com Lula e Bolsonaro”, afirmou Doria. 

Ele enxerga na “gestão da vacina” -ou seja, a estratégia de viabilizar desde o ano passado a compra e a produção da CoronaVac em parceria do Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa SinoVac- como seu principal ativo na disputa das prévias e, eventualmente, na campanha presidencial. 

Na conversa com jornalistas, o governador de São Paulo disse que as pesquisas PoderData mais recentes mostram uma tendência de crescimento de suas intenções de voto. Levantamento do PoderData realizado de 2 a 4 de agosto mostra que, em um cenário de 2º turno contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Doria tem 42% das intenções, contra 32% do atual chefe do Executivo. 


Próximos destinos

Como parte de sua agenda na campanha das prévias, o governador paulista viaja no próximo fim de semana para Curitiba (PR) e Florianópolis (SC). Além de integrantes locais do PSDB, Doria tem previstas reuniões com os governadores do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL). 

No fim de semana seguinte, Doria viajará a Vitória (ES), onde o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), deve recebê-lo, e ao Rio de Janeiro (RJ). 

Antes da realização das prévias do PSDB, marcadas para 21 de novembro, Doria também pretende viajar a Minas Gerais. O Estado é reduto do deputado Aécio Neves, candidato da sigla à Presidência em 2014, derrotado no 2º turno pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Aécio já declarou publicamente que o PSDB deveria ter “desprendimento” para abrir mão de candidatura própria em 2022 e apoiar um nome capaz de viabilizar a chamada 3ª via contra Lula e Bolsonaro. Doria já descarta essa possibilidade. “Aquele que vencer as prévias terá legitimidade da eleição e estará com a vitória fortalecido a dialogar com outros partidos, que, neste campo do centro democrático, centro-esquerda, centro, e centro-direita, desejarão ter um candidato fortalecido, não pra ser a 3ª via, para ser a melhor via“, disse,

Fonte: Poder360

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