Elas serão instaladas em hospitais municipais, em hospitais Dia, e em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Novos equipamentos estarão em plena operação até 30 de abril, e, juntos, vão garantir o funcionamento de 807 leitos.

O prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou nesta quinta-feira (25) a construção de 19 "miniusinas" para produção de oxigênio na capital.
Elas serão instaladas em hospitais municipais, em hospitais Dia, e em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Juntas, elas tem a capacidade de produção de 9 mil m3 por dia, ou seja, o abastecimento de 900 cilindros diariamente.
As "miniusinas" serão suficientes para garantir o funcionamento de 807 leitos, sendo 596 de enfermaria e 211 de UTI.
A expectativa é de que 1 comece a funcionar no dia 30 de março, 6 operem no dia 15 de abril, e que as outras 12 funcionem a partir de 30 de abril.
Os equipamentos terão um custo de R$ 9,3 milhões e a instalação demandará R$ 104,5 mil. O prefeito também destacou que a obra, que será permanente, vai permitir a economia de R$ 250 mil por mês com a produção de oxigênio.
Além do anúncio, o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, informou que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) fez a doação de 400 cilindros.
Eles já estão disponíveis e serão encaminhados para que a multinacional White Martins possa envasá-los e distribuí-los para as unidades de saúde do município.
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Cidade de SP recebeu a doação de 400 cilindros da Fiesp e vai construir 19 'miniusinas' de oxigênio
Localização de cada uma
Até o dia 15 de abril
- Hospital Municipal Capela do Socorro: terá 2 usinas para atender 100 leitos de enfermaria e 20 de UTI;
- Hospital Municipal Sorocabana: terá 1 usina para atender 61 leitos de enfermaria e 12 de UTI;
- UPA Jabaquara: terá 1 usina para atender 27 leitos de UTI;
- HD Tito Lopes: terá 1 usina para atender 30 leitos de enfermaria e 10 de UTI;
- HD Flávio Gianotti: terá 1 usina para atender 30 leitos de enfermaria e 10 de UTI;
- HD M'Boi Mirim II: terá 1 usina para atender 15 leitos de enfermaria e 12 de UTI.
Para o dia 30 de abril
- HD Itaim Paulista
- HD São Mateus-Tietê II
- HD São Miguel
- HD Brasilândia
- HD Butantã
- HD Lapa
- HD Mooca
- HD Penha
- HD Vila Prudente
- HD Campo Limpo
- HD Cidade Ademar
- HD M'Boi I
Leitos doados pela iniciativa privada
A gestão municipal também comunicou a abertura de mais 295 leitos na cidade de São Paulo, sendo 60 de UTI, 55 não-Covid e 180 de enfermaria.
- 40 leitos de UTI ao Hospital Santa Catarina doados pela Gerdau, Banco BTG, Suzano e Península.
- 20 leitos de UTI e 180 leitos de enfermaria doados pela Uninove e implantados em um andar da unidade Vergueiro.
- 55 leitos não-Covid doados pelas Casas Pernambucanas na Universidade Corporativa Comendadeira Helena Lundgrenno (UCCHL), no Campo Limpo.
Situação na capital
O consumo de oxigênio na rede hospitalar da capital aumentou 121% em março, em relação a janeiro, segundo dados da Prefeitura de São Paulo.
De acordo com a gestão municipal, não há falta de oxigênio, mas dificuldade em fazer com que os cilindros cheguem até as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Na tentativa de contornar o panorama, a Prefeitura passou a concentrar pacientes com Covid-19 em "hospitais-catástrofe", e pediu que o Ministério da Saúde, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e a Defensoria Pública pressionem a multinacional White Martins a investir na ampliação da logística de distribuição, com isonomia entre as unidades de saúde públicas e privadas.
A empresa alega que a dificuldade com a logística se deve ao aumento exponencial no consumo de oxigênio e a transformação pela gestão municipal das unidades de pronto-atendimento em unidades de internação para pacientes com Covid-19, pois a medida traz "impactos significativos na logística, na segurança operacional e na confiabilidade do abastecimento".
Fonte: Vivian Reis, G1
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