'A prioridade é vacinar o munícipe', diz Edson Aparecido sobre vacinação contra o novo coronavírus

Secretário municipal de Saúde de São Paulo afirma que prioridade da prefeitura será vacinar quem mora na cidade

O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido


O Secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, em entrevista à Globonews, apresentou preocupação com um possível turismo de vacina, ou seja, pessoas de outros estados que irão até São Paulo para se vacinar. Mas disse que tem como contornar o problema. 

Na semana passada, o governador de São Paulo, João Doria, prometeu que São Paulo começará a vacinação contra covid-19 antes do resto do Brasil. Ele disse que o estado vai começar a vacinar em janeiro, enquanto a campanha nacional só deve ter início em março.

"Temos um prontuário eletrônico de todo paciente tratado no SUS (Sistema Único de Saúde). Nossos profissionais vão levar em conta isso. Virão pessoas de outras cidades, já aconteceu isso no processo de internação. Temos que ter todo cuidado. Vamos trabalhar para vacinar a população de São Paulo, mas seguramente vamos ter pressão de cidades de outros estados", admitiu Edson.

Edson explicou que a prioridade da prefeitura será vacinar quem mora na cidade. Segundo ele, isso resultado em 7,5 milhões de pessoas. Para atender a essa demanda, a gestão já comprou insumos e cuidou de outros preparativos. 

"O município já comprou 10 milhões de seringas e contratamos empresa de logística. Faremos vacinação nas 468 unidades de básica de saúde e nos postos de saúde satélites. Cada posto tem uma sala de vacinação. Nossa ideia é que tenha mais 3 salas para não gerar aglomeração", explicou Edson.

Perguntado sobre como está a pandemia na cidade atualmente, Edson relatou que está tratando de aumentar a quantidade de leitos para atendimento de covid-19. Mas mesmo assim os índices de ocupação estão crescendo. 

"Estamos com 60% dos leitos de enfermaria ocupados e 58% dos leitos de UTI ocupados. Nesse final de semana, abrimos 200 leitos de enfermaria para casos leves em Brasilândia e Parelheiros. No final de semana foram abertos também 34 na Móoca e 66 leitos de enfermaria em outros 16 hospitais da prefeitura. Aqui a gente não desativou leitos que criamos no período mais agudo. Isso aconteceu em outros municípios, mas aqui a gente conseguiu manter. Leitos de UTI temos ainda 1100 abertos", concluiu Edson.



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