STF autoriza, e busca contra sites bolsonaristas será incluída em investigação sobre disparos de WhatsApp

É a primeira vez que informações de inquéritos do Supremo são abertas para caso de apuração dos disparos

O ministro do STF, Alexandre de Moraes

Painel da Folha

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou o compartilhamento de dados de uma busca e apreensão, realizada contra um site bolsonarista no inquérito dos atos antidemocráticos, com a investigação sobre esquema de disparos de WhatsApp na campanha de 2018, caso revelado pela Folha.

O pedido ao ministro foi feito por uma delegada da Polícia Federal, responsável pela busca, sob o argumento de que elementos encontrados podem interessar à apuração relacionada à eleição presidencial.

Os empresários Ernani Neto e Thais Chaves, donos de páginas bolsonaristas como a Folha Política, foram os alvos da busca, agora compartilhada. A delegada do inquérito de atos antidemocráticos é Denisse Ribeiro.

Neto e Thais chegaram a ter suas contas excluídas pelo Facebook por violação de regras em 2018, quando já coordenavam uma rede a favor do então candidato Jair Bolsonaro. Eles também são investigados por fake news.

A investigação sobre os disparos da eleição de 2018 foi aberta pela PF em outubro daquele ano, após reportagem da Folha revelar que apoiadores de Bolsonaro estavam comprando pacotes de mensagens contra o PT no WhatsApp, sem declarar os valores à Justiça Eleitoral.

Essa é a primeira vez que informações de inquéritos do STF são compartilhadas com algum caso de apuração dos disparos. No TSE há duas ações com esse tema. Ambas aguardam para receber material das investigações que estão com Moraes.

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