Covas diz que pandemia está estabilizada em SP e descarta novo lockdown

Prefeito disse nesta quinta (16) que elevação na taxa de ocupação foi provocada por redução do número de leitos e pelo atendimento a pacientes de outros municípios. Gestão municipal nega segunda onda e defende estabilidade da pandemia na cidade.

Bruno Covas durante coletiva de imprensa nesta quinta (18)

G1

O prefeito Bruno Covas (PSDB) e candidato à reeleição disse nesta quinta-feira (19) que não existe segunda onda de coronavírus e que a pandemia está estável na cidade de São Paulo.

"Não há segunda onda na cidade e há uma estabilidade da pandemia", declarou após ser questionado por jornalistas durante agenda de campanha na Zona Leste da cidade.

No início da tarde, em coletiva de imprensa para falar sobre a situação da pandemia no município, Covas voltou a negar que a situação seja alarmante, e disse que a prefeitura não irá adotar medidas mais restritivas.

"Aqui não há espaço para nenhum discurso extremista, aqui não se trata de dizer que a pandemia já acabou e que os cuidados não precisam mais ser tomados. É preciso manter os cuidados aqui na cidade de São Paulo, como também não há nenhum número que indique qualquer necessidade de lockdown como infelizmente alguns vem espalhando, disseminando uma fake news."

Embora sustente que não há risco de segunda onda, durante a coletiva, Covas confirmou a elevação em relação a taxa de ocupação de leitos de UTI no município, mas justifica o aumento na redução no número de leitos.

"Há uma estabilidade em relação ao número de casos na cidade de São Paulo, há uma estabilidade em relação ao número de óbitos na cidade de São Paulo, mas há uma variação positiva em relação a taxa de ocupação dos leitos de UTI covid aqui na cidade de São Paulo", disse Covas.

Com a queda de casos registrada nos meses anteriores, a prefeitura liberou leitos de Covid para pacientes com outras doenças.

"Nós chegamos a ter 31 leitos por 100 mil habitantes, hoje nós temos 19,5 leitos por 100 mil habitantes. Portanto, a cidade e a rede privada foram reduzindo a quantidade de leitos referenciados Covid. Há, portanto, espaço pra ampliar essa quantidade de leitos."

Covas também atribuiu a elevação ao número de pacientes que a cidade recebe de outros municípios.

"Em março nós tínhamos 13% das pessoas internadas na cidade de São Paulo eram de fora da cidade, hoje nós estamos com 20% das pessoas internadas na cidade de São Paulo são de fora da cidade de São Paulo".

Ainda de acordo com o prefeito, a cidade permanecerá no mesmo estágio de flexibilizações. A gestão municipal disse que não pretende autorizar o retorno das aulas presenciais para além do que já foi permitido.

Na capital, a gestão municipal liberou, a partir do dia 3 de novembro, o retorno das aulas presenciais aos alunos do Ensino Médio. Estudantes do Ensino Infantil e Fundamental seguem autorizados a ter apenas atividades extracurriculares.

"Então não é o momento de ampliar a flexibilização, como também não é há nenhuma necessidade de retroceder na flexibilização que já foi feita na cidade de São Paulo. Nós vamos continuar no mesmo estágio, com as mesmas atividades abertas, com o mesmo protocolo a ser respeitado e contando com a colaboração e envolvimento das pessoas e de todas as entidades que vieram assinar os seus protocolos sanitários aqui com a prefeitura de São Paulo", disse Covas.

Comentários