Candidatos à Prefeitura de São Paulo participam de debate promovido pelo UOL e Folha

Participaram os quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas, Covas, Boulos, Russomanno e França



O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), que tenta a reeleição, travou embate com adversários no debate entre os quatro mais bem colocados candidatos à Prefeitura de São Paulo promovido pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo site UOL. 

Covas buscou defender uma bandeira do PSDB, a responsabilidade fiscal, e trouxe o tema da reforma tributária debatida no Congresso para o debate. Em duas ocasiões, destacou que Boulos nunca ocupou cargos públicos. “Nunca governou nada, não tem experiência administrativa”. 

O prefeito defendeu sua gestão na saúde, em especial durante a pandemia, de críticas dos três rivais. 

Celso Russomanno e Márcio França embarcaram no ponto levantado por Covas, fazendo quase uma dobradinha sobre a falta de experiência de Boulos. O candidato do PSOL rebateu afirmando que possuiria uma boa equipe de governo e citou sua vice, a ex-prefeita e deputada Luiza Erundina. 

Russomanno, que perdeu a vice-liderança numericamente na última pesquisa para Boulos, alternou os ataques entre Covas e o candidato do PSOL. Ele insistiu três vezes em cobrar resposta para uma acusação, divulgada no Facebook, de que duas produtoras contratadas pela campanha de Boulos não tinham endereço fixo. Boulos disse que Russomanno estava “em completo desespero”, e que “até pesquisa está cancelando”, em referência à liminar que pediu à Justiça, e obteve, proibindo a divulgação de uma pesquisa do Datafolha. 

Márcio França alternou entre ironia, ao questionar se o Código de Defesa do Consumidor poderia ser usado contra Russomanno, que não cumprirá todo o mandato como deputado caso seja eleito, e a ponderação: no começo do debate, chegou a fazer elogios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (“pessoa aguerrida, com muitas qualidades”), o presidente Jair Bolsonaro (“autêntico”) e o governador João Doria (“como empresário, parece um bom empresário”). 

O debate foi pelo formato de banco de tempo e Boulos chegou a ser, no terceiro bloco, candidato que mais havia gastado sua cota. França usou o fato para alfinetar a capacidade administrativa de Boulos.

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