Russomanno diz que 'não aconteceu nada' com moradores de rua durante a pandemia

Candidato do Republicanos também já afirmou que falta de banho deixa moradores de rua resistentes à covid-19

Celso Russomanno durante reunião com representantes de feiras e eventos de negócios 
Foto: Tatiana Santiago/G1

Em um evento com representantes da União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios, o candidato do Republicanos à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, voltou a dizer que "não aconteceu nada" com os moradores de rua durante a pandemia de coronavírus e que apenas 30 morreram em decorrência da doença.

"Lá no começo da pandemia todo mundo dizia: a Covid-19 vai dizimar os moradores de rua, vai dizimar as pessoas que estão nas ruas, no meio da Cracolândia consumindo drogas. E nada disso aconteceu", afirmou na manhã desta quarta-feira (28).

"Aí veio a Covid e não aconteceu nada com eles, mas evento não pode, evento é vetor. Mas eles [moradores de rua] estão nas ruas e o índice de óbitos de 28 mil pessoas, apenas 30 óbitos, 0,01. Quando na classe média alta nós temos 4", voltou a dizer. O candidato também criticou a imprensa por dar destaque ao que falou "tudo o que falo é motivo de ataque". De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o último censo apontou que a cidade tem 24 mil moradores de rua.


O candidato declarou que as feiras e eventos de negócios não deveriam ter sido proibidos durante a pandemia, já que gera empregos e arrecadação para a cidade, e comparou com o funcionamento de estabelecimentos comerciais como os shoppings. "Qual a diferença de um shopping center para uma feira? Tem distanciamento na periferia?", questionou. Ele também disse que as crianças deveriam voltar às aulas. "Elas não podem ir pra escola, porque a escola é vetor, mas na rua podem ter contato com outras crianças. Tudo errado."

Assim como seu apoiador, o presidente Jair Bolsonaro, Russomanno criticou o distanciamento social durante a pandemia. "O isolamento teria que ser vertical, não horizontal. Nós teríamos que cuidar das pessoas com qualquer tipo de doença, as pessoas com deficiência, os mais idosos, as pessoas vulneráveis", afirmou.

Fonte: G1

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