As propostas e o perfil de Bruno Covas, candidato à reeleição para prefeito de São Paulo

candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB)

Adriana Ferraz e Pedro Venceslau - Estadão

Neto do ex-governador e ex-prefeito Mário Covas, o candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB) assumiu o cargo em abril 2018, quando o vencedor da eleição de 2016, o também tucano João Doria, deixou o cargo para disputar e vencer o Palácio dos Bandeirantes.

Em sua primeira disputa para um cargo majoritário como cabeça de chapa, Covas reuniu 10 partidos em sua coligação, o que lhe garantiu o maior tempo de televisão. Antes de comandar a Prefeitura, o tucano já havia sido eleito estadual e federal e atuado como secretário estadual de Meio Ambiente na gestão de Geraldo Alckmin.

Em outubro do ano passado, Covas foi diagnosticado com um câncer na cárdia, localizada na transição entre o estômago e o esôfago. Após um tratamento com quimioterapia e imunoterapia, o tumor regrediu. O prefeito também teve covid-19, mas não apresentou sintomas. Se vencer, promete uma lista grandiosa de obras, que inclui a entrega de 70 mil unidades habitacionais e 12 novos CEUs, além de corredores de ônibus e duplicação de avenidas.


FICHA DO CANDIDATO

BRUNO COVAS (PSDB)

Vice: Ricardo Nunes (MDB)

Nome completo: Bruno Covas Lopes

Idade: 40 anos

Formação: Direito e Economia

Origem: Santos (SP)

Trajetória: O atual prefeito de São Paulo é neto de Mário Covas (PSDB), ex-governador de São Paulo. Já foi deputado estadual, em 2006, e deputado federal, em 2014. Entre um mandato e outro, atuou como secretário estadual do Meio Ambiente durante a gestão Geraldo Alckmin (PSDB). Nas eleições de 2016, concorreu como vice-prefeito com João Doria (PSDB), que elegeu-se e deixou o cargo 15 meses depois, fazendo de Bruno prefeito.

Coligações: PP, MDB, Podemos, PSC, PL, Cidadania, DEM, PTC, PV, PROS



12 CEUs, 6 UPAs, BRT na zona leste, câmeras de segurança nas escolas e novos parques formam programa inchado de tucano


Saúde

● Colocar para funcionar de forma plena os novos hospitais de Parelheiros e Brasilândia, com a oferta de mais de 630 leitos

● Transformar o Hospital da Santa Dulce dos Pobres em unidade exclusiva para moradores de rua e o Hospital Guarapiranga para quem precisa de cuidados prolongados

● Ampliar o Hospital Sorocabana para, juntamente com o Hospital Brigadeiro, virar referência hospitalar na zona oeste

● Em parceria com o BID, criar o programa “Avança Saúde” para investir R$ 800 milhões em 150 equipamentos até 2025, incluindo mais seis UPAs

● Ampliar o acesso de pacientes à telemedicina, inclusive a serviços de saúde mental, com o treinamento de 60 mil profissionais


Educação

● Zerar a fila de creche ofertando atendimento mesmo que em escolas filantrópicas e particulares

● Construir mais 12 novos CEUs em todas regiões da cidade e colocar câmeras em todas as escolas

● Expandir a concessão da “Bolsa Primeira Infância”, para famílias em situação de vulnerabilidade social com crianças até 3 anos de idade que não estejam matriculadas na rede municipal

● Transformar todas as salas de aula da rede em ambientes digitais, para tornar a aprendizagem mais atraente, além de adquirir 465 mil tablets com internet para os alunos do ensino fundamental

A proposta. A partir de 2021, as mães que cumprirem o pré-natal no programa “Mãe Paulistana” terão a vaga dos seus filhos garantida nas creches municipais.

Meta de referência. É preciso criar políticas para assegurar atendimento na educação infantil às crianças de 0 a 3 anos, reduzindo ou mesmo zerando a fila por vagas até 2024. Essa é uma demanda que varia muito ao longo do ano, mas o parâmetro usado tem como base o Censo Escolar 2019, que aponta uma necessidade mínima de 9 mil novas matrículas na rede (meta 27).

O que já foi feito. A oferta de vagas em creches tem aumentado ano a ano, mas a fila ainda persiste. A ampliação da rede só foi possível em função de parcerias feitas pela Prefeitura com entidades sociais, que hoje atendem o maior número de crianças de zero a três anos matriculadas na rede. A atual gestão diz que vai entregar 85,5 mil novas vagas até o fim do ano. Hoje, são quase 4 mil unidades em São Paulo.


Emprego

● A partir do novo programa habitacional, vamos dinamizar o mercado de trabalho e ajudar a recuperar a economia no pós-pandemia, com geração de mais de 49 mil empregos diretos

●Novos investimentos em infraestrutura vão distribuir e intensificar o desenvolvimento local, reduzir as desigualdades entre o centro e as periferias e contribuir com a recuperação da economia no pós-pandemia

A proposta. Vamos implantar distritos criativos, voltados à economia criativa e à juventude, e criar zonas de flexibilização tributária para atrair empresas

Meta de referência. A sugestão é de aumentar em 8% a proporção de empregos formais nas cadeias produtivas de economia criativa e em setores de média e alta intensidade tecnológica e de conhecimento (meta 5).

O que já foi feito. Conforme dados do Observa Sampa, da Rede Nossa São Paulo, o porcentual de empregos formais em economia criativa em 2017 foi de 11,67% na cidade, enquanto e o setor de média e alta intensidade tecnológica e de conhecimento foi de 19,24%. Os dados mostram que é espaço para a capital crescer neste ramo da economia.


Transporte

● A zona leste ganhará também um BRT (Bus Rapid Transit) na Avenida Aricanduva, que promoverá a integração com as linhas 15-Prata e 3-Vermelha do Metrô e com o BRT metropolitano ABD, incluindo ciclovias e sinalização inteligente

● Criar o “Aquático”, sistema de transporte público por barcos nas represas da cidade, integrado ao Bilhete Único

● Duplicar a Estrada do M’Boi Mirim e concluir o complexo viário Pirituba-Lapa

● Ampliar a malha cicloviária para mais de 650 km, com a interconexão dos trechos existentes, iluminação, semaforização, manutenção constante das vias e inauguração de novos bicicletários públicos

A proposta. Entregar o primeiro corredor de ônibus exclusivo para a zona leste, o corredor Itaquera, beneficiando mais de 620 mil pessoas

Meta de referência. Dentro de um planejamento que prevê não só a redução do tráfego, mas uma melhora da qualidade de vida dos passageiros e da poluição atmosférica, uma meta sugerida seria, até 2024, garantir que seis em cada dez deslocamentos com veículos motorizados iniciados em São Paulo fossem feitos por transporte coletivo. Para isso ser alcançado, a construção de vias exclusivas para ônibus é medida imprescindível para tornar o sistema mais eficiente e atrativo à população (meta 43).

O que já foi feito. A repactuação do Programa de Metas do atual prefeito Bruno Covas reduziu a quilometragem pactuada com a sociedade civil de 72 km para 8 km de novos corredores. Além disso, a cidade está desde 2016 sem inaugurar um novo corredor de ônibus, tendo estagnado em 257,3 km de vias exclusivas.


Segurança

●Aprofundar a utilização de ferramentas da GCM de inteligência no combate ao crime, na prevenção da violência e na proteção ao patrimônio público

● Prosseguir na modernização e melhoria da iluminação da cidade com a troca de 600 mil lâmpadas e a criação de 20 mil novos pontos de luz

● Integrar mais 4.240 câmeras ao programa “City Câmeras”, mais que dobrando o número atual; além de instalar 12 mil equipamentos para vigilância nas escolas da rede municipal

● Reforçar o efetivo da GCM com mil novos guardas

● Triplicar o número de drones usados na bem-sucedida estratégia de monitoramento de áreas de maior risco de desastres e emergências


Meio Ambiente

●Usar tecnologia no combate às enchentes e contribuir com o Governo do Estado no importante desafio de despoluir o rio Pinheiros

● Aprimorar a manutenção de praças, parques e espaços de convivência ao ar livre, recapear vias e recuperar 1,5 milhão de m2 de calçadas

● Ampliar áreas verdes, seja por meio da expansão de praças e parques, seja pelo plantio de uma média de 100 mil mudas/ano

● Criar os parques Augusta e Paraisópolis

● Expandir a coleta seletiva e aumentar os índices de reciclagem e compostagem, estimulando o trabalho das cooperativas de catadores


Habitação

● Entregar de forma gradual 70 mil moradias já viabilizadas, parte delas com investimento privado

● As ações de urbanização de favelas levarão mais segurança, tranquilidade e conforto para mais de 14 mil famílias

● Desenvolver soluções urbanísticas que incentivem a descentralização dos centros econômicos e comerciais, bem como a oferta de serviços públicos, sempre associados à ampliação da conexão com as redes de mobilidade

Comentários

  1. Falta muitas outras propostas de políticas públicas, como por exemplo, a cultura o esporte a assistência social, e a questão de devolver a população negra e indígena a Secretária de promoção da igualdade racial, sobre os direitos humanos, quais as propostas para estas secretárias

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