Marta Suplicy deve anunciar apoio a Bruno Covas


Solidariedade, partido de Marta  contraria ex-prefeita  e anuncia apoio a Márcio França em SP

Marta Suplicy e Bruno Covas


O Solidariedade, partido da ex-prefeita Marta Suplicy, decidiu nesta quarta-feira (9) que irá procurar o pré-candidato Márcio França (PSB) para apoiá-lo na corrida pela Prefeitura de São Paulo.

Segundo o presidente municipal do Solidariedade, Pedro Nepomuceno, a cúpula da legenda irá tratar da aliança com a equipe de França ainda nesta quarta. O pré-candidato do PSB é esperado na sede do Solidariedade nesta quinta-feira (10), às 15h, para o anúncio oficial do apoio.

A aliança com França desagrada a ex-prefeita Marta Suplicy, que definiu seu apoio à reeleição do prefeito Bruno Covas (PSDB). Com isso, Marta não deve participar da convenção do Solidariedade, marcada para domingo (13).

Marta almoçou com líderes do Solidariedade nesta quarta, quando indicou seu endosso a Covas e deixou clara sua discordância com o apoio a França —mas não se chegou a um acordo entre a ex-prefeita e sua legenda.

Na opinião de Marta, a coligação de Covas, com dez partidos, representa uma frente ampla em defesa da democracia e pode construir um caminho de oposição a Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022. A construção da chamada frente ampla é uma bandeira da ex-prefeita, que tem atuado no campo progressista desde que deixou o MDB.

O apoio da ex-prefeita a Covas não depende de que Marta seja candidata a vice, opção hoje descartada pelo PSDB. Entre os tucanos, o endosso da ex-prefeita a Covas, mas não como vice, é tido como certo.

No entanto, o PSDB também esperava que o Solidariedade apoiasse Covas —inclusive já havia inscrito o partido na coligação a ser aprovada na convenção tucana no sábado (12).

Nepomuceno, que faz parte da gestão Covas como subprefeito, porém, afirmou que irá entregar seu cargo e está fechado com França. Além do Solidariedade, o pré-candidato do PSB tem o apoio de PDT e Avante.

"Defendemos essa posição de centro-esquerda na eleição em São Paulo. Vamos construir um caminho novo com Márcio França. Foi uma decisão da maioria, a direção do partido entendeu ser melhor assim", disse o dirigente municipal.

Aliados de Marta, no entanto, atribuem a decisão do Solidariedade à aproximação de Paulinho da Força, presidente do partido, com o centrão que orbita Bolsonaro. França, por sua vez, também se aproximou do presidente e busca dos votos de seus apoiadores em São Paulo.

Essa associação a Bolsonaro, ainda que velada, é a razão apontada por Marta para não apoiar França e para discordar de Paulinho.

Fonte: Folha.com

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