Com alianças, Bruno Covas concentrará 40% do tempo de horário eleitoral em SP


TSE ainda não divulgou tempo total destinado a propaganda política na TV e no rádio para disputa municipal deste ano

Bruno Covas (PSDB)

Com a maior aliança entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) garantiu quase 40% do tempo do horário eleitoral gratuito, que começa em 9 de outubro. Atrás dele, está Márcio França, que terá 16%.

O TSE ainda não determinou o total de minutos por dia do horário político nem a distribuição oficial do tempo entre partidos. A divulgação ocorrerá depois do dia 26, prazo final para o registro das candidaturas.

A conta da divisão do tempo, contudo, pode ser feita, pois leva em consideração a votação para deputados federais em 2018.


Com a maior bancada na Câmara dos Deputados, o Partido dos Trabalhadores ficou com a terceira maior fatia do horário: terá 11% do total. O partido não conseguiu apoio de outras siglas para a candidatura de Jilmar Tatto.

Joice Hasselman, candidata pelo PSL, ficará com pouco mais de 10% do total. Sua candidatura chegou a ser colocada em dúvida diante de uma ofensiva do Planalto para que o PSL apoiasse Celso Russomanno, do Republicanos, o que acabou descartado diante de uma série de resistências.

Em 2018, os candidatos à Presidência divulgaram seus planos de governo em duas inserções diárias de 12 minutos e 30 segundos nas emissoras de TV.

Se for mantido o tempo total, Covas terá quase 5 minutos por programa, mais do que o dobro de tempo do que terá qualquer um de seus rivais. No mesmo cenário, Márcio França ficará com cerca de 2 minutos, e Jilmar Tatto e Joice Hasselman com pouco mais de 1 minuto, cada um.

Neste ano, discute-se no Congresso a expansão do horário eleitoral gratuito, tendo em vista que a pandemia do novo coronavírus restringirá comícios, a presença de políticos nas ruas e outras estratégias de corpo a corpo com o eleitor.

Nas última eleições municipais, o PT esteve, com Fernando Haddad, em segundo lugar no ranking de partidos com mais tempo, com 2 minutos e 35 segundos, atrás apenas de João Doria (PSDB), com 3 minutos e 6 segundos, que venceu o pleito no primeiro turno.

Além desse tempo corrido, os candidatos ainda tiveram direito a inserções em intervalos comerciais na grade da programação de cada emissora.

Concorrem neste ano também Arthur do Val (Patriota, com 2,3% do tempo do horário), Orlando Silva (pelo PC do B, com 1,7%), Levy Fidelix (PRTB, sem tempo de TV), entre outros.

Ao menos dez partidos políticos ficaram fora da partilha do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão nas eleições municipais deste ano. Desde a publicação da Constituição, em 1988, é a primeira vez que haverá legendas sem propaganda eleitoral.

Até as últimas eleições, 10% do tempo total da propaganda era distribuídos igualitariamente entre todas as legendas. Partidos nanicos, por exemplo, conseguiram em 2018 ao menos anunciar suas candidaturas principais em cerca de dez segundos.

A exclusão ocorrerá por causa da reforma política de 2017. Uma emenda constitucional estabeleceu uma cláusula de barreira para o acesso a recursos do fundo partidário e também para o tempo da propaganda eleitoral, que neste ano está programada para começar no final de setembro.

Fonte: Folha.com

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