"Salve o Corinthians", artigo de Welbi Maia


Não é uma exaltação ao Timão, é um pedido de socorro

A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo
Welbi Maia

Como todo corintiano, sou mais um apaixonado. Faço parte da nação alvinegra de mais de 30 milhões, que se fosse um país, estaria entre os 40 mais populosos do mundo. Uma das minhas maiores alegrias da infância foi quando meu pai decidiu comprar o título do nosso clube de coração. Assim, tive o privilégio de passar minha infância e adolescência nas alamedas do do clube do Parque São Jorge. 

Como herança, além do amor pelo time, meu pai também me deixou o título do clube. E é como torcedor e sócio que vejo com tristeza e preocupação o atual momento que Corinthians enfrenta. Os resultados pífios no futebol nos últimos anos, salvo apenas pelos três últimos campeonatos paulistas, é fruto da péssima administração da atual gestão.

A situação financeira do clube é crítica. O balanço de 2019, divulgado em maio deste ano, apontou que a dívida do Corinthians é de R$ 665 milhões (sem o financiamento da Arena). Com um déficit de R$ 177 milhões no ano passado. Segundo o Conselho Fiscal, esse valor de 2019 é R$ 18,4 milhões maior, chegando a R$ 195,4 milhões.

Salários atrasados, 179 ações trabalhistas, bloqueios judiciais com penhora de recursos financeiros,  tudo isso, somados a outros e agravados pela paralisação causada pelo novo coronavírus, tornam a situação financeira do clube delicadíssima. 

A única alternativa para o Corinthians tentar sair desse quadro catastrófico em que se encontra é aproveitar a eleição que ocorrerá em 28 de novembro para eleger dirigentes responsáveis, com responsabilidade, competência gerencial e administrativa e comprometimento e amor ao clube. 

Por ora, os candidatos são Paulo Garcia,  Augusto Melo e Mário Gobbi, presidente do clube entre 2012 e 2015, que aparece como nome forte da oposição. A situação, responsável pela atual crise, liderada por Andrés Sanchez, e que está no poder desde o fim de 2007, ainda definiu quem e se vai ter um candidato próprio.

Em novembro, caberá a nós sócios, decidir se vamos salvar o Corinthians, ou colocar em risco o futuro do clube e os sonhos de uma nação de mais de 30 milhões de corações alvinegros apaixonados. 

*Welbi Maia é corintiano, jornalista, publicitário e editor do Blog do Welbi

Comentários