'Plano São Paulo avança e incomoda os negacionista', artigo de Marco Vinholi


Passado mais de um mês de aplicação, os resultados positivos são inegáveis

Em 10 dias, número de cidades do interior de SP com Covid-19 ...
O secretário de Desenvolvimento Regional do governo do estado de São Paulo, Marco Vinholi

O Plano São Paulo, do governo do estado, é o mais completo e transparente projeto de enfrentamento da pandemia e retomada das atividades econômicas. Anunciado em maio pelo governador João Doria, contou com a colaboração de prefeituras, empresas e trabalhadores que auxiliaram os comitês de Saúde e Desenvolvimento Econômico na definição dos critérios para uma reabertura segura e gradual. Trabalho ancorado no princípio basilar de preservação da saúde e de vidas.

Passado mais de um mês de aplicação prática, os resultados positivos do Plano SP são inegáveis. Na capital e nas cidades da região metropolitana onde os índices indicavam queda na propagação do vírus e redução das internações, a reabertura do comércio completou três semanas sem que houvesse a propalada “explosão” de casos —pelo contrário.

O chamado “novo normal” começa a ser a realidade de São Paulo, para a contrariedade de dois grupos políticos, à extrema direita e à extrema esquerda, que apostaram no “quanto pior, melhor”. O primeiro grupo todos conhecemos desde antes da decretação da pandemia pela Organização Mundial da Saúde. São os negacionistas da ciência, os que se regojizam com o triste momento que o mundo vive.

O outro é formado pelas viúvas de passado recente, marcado por incompetência e corrupção. Na pandemia, foram os catastrofistas de sempre. Apostaram que o sistema de saúde iria entrar em colapso. Perderam. Disseram que não haveria apoio aos mais pobres e vulneráveis. Erraram.

Restou-lhes a crítica sonhática, idealizada com base em suposições. É o caso do artigo “Improviso e equívocos marcam a reabertura de Doria e Covas em SP”, de Nabil Bonduki (Saúde, 7/7). Suposições que se desmancham como fumaça face à realidade objetiva dos fatos.

O fracasso desse grupo pode ser medido não pelo que fantasiam, mas pelo que gostariam de ter criticado e não conseguiram. A coordenação do governo de SP e a cooperação dos setores econômicos e da população silenciaram seu oportunismo. A começar pela impressionante expansão do atendimento no SUS.

Em três meses, o governo expandiu em 125% o número de UTIs. Criou sete novos hospitais. Comprou respiradores em três países, vencendo disputas mundiais pelo produto, forneceu equipamentos e insumos. E mais importante: contratou e capacitou mais de 6 mil profissionais da saúde.

Em todos os países do mundo, é notoriamente mais difícil sair da quarentena do que entrar nela. O Plano SP reconhece essa dificuldade e prevê o endurecimento de medidas, se necessário, para salvar vidas. A retomada das atividades, contudo, seria mais efetiva, garantindo mais empregos e renda a quem precisa, se a sociedade não tivesse que superar permanentemente o boicote e a sabotagem de negacionistas e oportunistas da política.

São muitos os desafios superados pelo governo do estado e pelo governador João Doria junto com a sociedade neste período. Do índice de 97% de utilização de máscaras à revolução que dobrou o número de leitos no estado, mas considero o principal deles a liderança responsável e técnica do governador em face do populismo que vemos à frente do Brasil.

*Marco Vinholi - Secretário de Desenvolvimento Regional do estado de São Paulo

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