“Tem que despertar a sociedade civil. Como fizemos contra a ditadura”, afirma FHC


Welbi Maia (@Welbi) | Twitter
Fernando Henrique Cardoso

Sonia Racy - Estadão

Se o caso de Jair Bolsonaro não é de impeachment, seria o de impedimento? Em conversa com esta coluna, FHC admite que essa poderia ser a saída para o que considera o âmago da atual – e urgente – questão política nacional. Não custa lembrar: há algumas semanas, o próprio tucano falou em renúncia e Miguel Reale Jr. chegou a sugerir…junta médica. Ou seja, impedimento por sanidade mental.

Sobre o manifesto que assinou, o #EstamosJuntos, de grande repercussão – ao qual já se somaram vários outros, Brasil afora –, o ex-presidente avisa: “Você tem que despertar a sociedade civil. Como fizemos em outras épocas contra a ditadura”.

Cauteloso com as palavras, FHC pondera que “aqui não há ditadura ainda, temos liberdade” – e é preciso aproveitar essa liberdade “para protestar, é preciso agitar a sociedade civil”. A palavra de ordem “é preservar a democracia, a imprensa livre, o jogo aberto, aproveitar para falar antes que fechem”.

O ex-presidente pontua que a pandemia não permite manifestações de rua. Assim, as pessoas ficam aflitas querendo fazer algo… “e torcendo para que os militares não embarquem na onda Bolsonaro”.

FHC crê que não se chegará a tal ponto. E conclui que o melhor é esperar as eleições de 2022. O impeachment agora “traria confusão nacional”. Leva em conta, ainda, que Bolsonaro “foi eleito sendo como é”.

Comentários

Postar um comentário