Prefeito Bruno Covas diz que a cidade de São Paulo permanece em quarentena


Estabelecimentos só poderão reabrir após protocolos serem analisados e aprovados pela vigilância sanitária

Covas diz que Prefeitura de SP vai intensificar fiscalização de comércios a partir de 1° junho

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas

G1

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse nesta sexta-feira (29) que a prefeitura irá intensificar a fiscalização dos comércios na próxima segunda-feira (1°) para evitar que estabelecimentos reabram sem autorização.

"Apesar da autorização dada pelo governo do estado, os setores não começam a reabrir dia 1°. Dia 1° é a data que se inicia a entrega dos protocolos que serão de validados pela área da vigilância sanitária. A gente já pensou na possibilidade de alguns desavisados acabarem abrindo e por isso nós vamos com a fiscalização intensificada para a rua na segunda-feira", afirmou Covas em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes no início desta tarde.

Conforme apresentado pelo prefeito nesta quarta-feira (28), a abertura gradativa de alguns setores da economia na cidade só será permitida após envio de protocolo e aprovação da vigilância sanitária da gestão municipal.

A interrupção de atividades e serviços havia sido determinada como parte do plano de combate à pandemia do coronavírus.

"Esses setores [que devem pleitear reabertura gradativa] precisam apresentar para a Prefeitura de São Paulo protocolos de saúde, de higiene, de testagem, regras de autorregulação, regras para fiscalização, políticas de comunicação dessas regras e proteção aos consumidores e funcionários", afirmou Covas em entrevista coletiva no início da tarde.

"Os setores precisam vir discutir com a prefeitura de que forma será essa reabertura", disse o prefeito nesta quarta.

No plano de reabertura econômica anunciado pelo governo do estado nesta quarta-feira (27), a capital paulista foi colocada em fase de controle (laranja), ou seja, com possibilidade de liberações de atividades. Sendo assim, é permitido reabrir – com restrições – a partir do dia 1º de junho:

  • atividades imobiliárias
  • escritórios
  • concessionárias
  • comércio
  • shopping center

Para obter a autorização, os estabelecimentos que se enquadram na fase laranja terão de apresentar:

  • protocolos de saúde, higiene e testagem;
  • regras de autorregulação para fiscalização dos protocolos;
  • e política de comunicação para proteção de consumidores e funcionários.

Entretanto, segundo o prefeito, a cidade permanece em quarentena.

"Eu quero destacar, mais um a vez, que a cidade de São Paulo continua em quarentena. Nós avançamos para a fase dois, conforme apresentação feita pelo governo do estado. Mas a cidade continua com a preocupação de evitar aglomeração, em proporcionar o distanciamento social, com a utilização de máscaras e outras ações de higiene pessoal", disse Covas na coletiva.

"Infelizmente ainda não viramos a página, mas, pelos índices conquistados, a gente já pode falar em uma retomada consciente e gradual aqui na cidade."

De acordo com Covas, a novidade é que, a partir de segunda-feira (1º), a Prefeitura passará a receber e avaliar as propostas para retomada do funcionamento. Ele prometeu manter a fiscalização e não informou o prazo para que os estabelecimentos recebam o aval para reabrir.

"A partir do dia 1º, a gente passa a receber oficialmente propostas de protocolo que serão analisadas pela vigilância sanitária. E, assim que [as propostas forem] referendadas, os setores vão poder reabrir na cidade", afirmou.

"Até lá, continuamos a fiscalizar o que é proibido de abrir na cidade de São Paulo. Não apenas em relação a esses setores que já são liberados na fase 2 – mas que só serão liberados na cidade a partir da assinatura do protocolo com a Prefeitura – mas [também em relação] àqueles que só podem reabrir na fase 3, 4 e 5. Nós vamos continuar a fiscalizar na cidade."

Em entrevista à GloboNews na tarde desta quinta-feira (28), o prefeito disse que as propostas deverão ser enviadas por entidades representativas e que serão submetidas a análise pela Secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico e pela Secretaria municipal de Saúde, por meio da vigilância sanitária.

“Nós não vamos analisar a proposta de cada estabelecimento, é por isso que a triagem é feita pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico que vai analisar se realmente aquela é uma entidade representativa e depois validado pela secretaria de saúde, através da vigilância sanitária. Se esse trabalho não for feito com calma, com equilíbrio e com o tempo necessário, volto a dizer, a cidade vai voltar a fase 1, nós vamos ter uma mudança na curva aqui na cidade e é isso que a gente não quer", disse Covas.


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