Em debate na CNN, Geraldo Alckmin defende isolamento e critica Bolsonaro


Alckmin pede para Bolsonaro 'deixar comunismo de lado' e sugere diálogo

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O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu hoje para que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), deixe de lado questões ideológicas na condução do país — em especial, no combate à pandemia do novo coronavírus. Durante debate na CNN Brasil, Alckmin pediu para que Bolsonaro abra mais diálogos com governadores e prefeitos.

"Onde você tem uma epidemia crescente, todo cuidado precisaria existir. Nós já temos uma crise de saúde pública que é mundial, uma crise social, e uma crise econômica. E o Brasil criou uma crise política, é inadmissível. Ao invés de estarmos centrados em salvar vidas, é grande parte de tempo de crise política. O presidente precisa deixar de lado essa bobagem de (combate ao) comunismo. O ministério da Saúde é solução, mas precisa ter uma boa articulação com governadores e prefeitos", disse Alckmin.

Candidato à presidência da República em 2018, o tucano ainda deixou claro suas ressalvas à relação entre Bolsonaro e o ministro da Saúde, Nelson Teich. Em especial, ao decreto anunciado ontem pelo presidente, que incluiu barbearias, salões de beleza e academias de ginástica na lista de serviços essenciais durante a pandemia. Teich foi informado da decisão durante entrevista coletiva. 

"É inacreditável. Não sei como o governo federal funciona. Você faz um decreto com um relaxamento sem sequer consultar o ministro da Saúde. Isso não vai ter efeito prático, porque o Supremo Tribunal Federal decidiu corretamente que o Brasil é uma federação; sendo uma federação, estados e municípios podem legislar. Vai depender muito de governadores e prefeitos", analisou Alckmin, que ainda criticou a decisão de Bolsonaro de demitir Luiz Henrique Mandetta do ministério em abril, já durante os contágios do país. 

"Fazer a substituição do ministro no meio da crise não é bom. O presidente Bolsonaro disse que o ministério é problema. Não é problema; é o principal instrumento de solução. Precisamos valorizar o SUS. Não conheço o novo ministro, torço por ele. Queremos que morra menos gente, que termine a pandemia, mas que o façamos com segurança", declarou também. 

Ainda de acordo com o ex-governador paulista, "é momento de união, de deixar de lado rivalidades políticas e somar esforços". 

Fonte: UOL 

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