Doria lamenta saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde e volta a criticar Bolsonaro


O governador de São Paulo também criticou o presidente ao citar reportagem do jornal O Globo, que informa que o presidente estaria atrasando repasse aos Estados deliberadamente



O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro por mais uma mudança no Ministério da Saúde após a saída de Nelson Teich do cargo. 

Doria fez uma longa crítica ao presidente durante coletiva desta sexta-feria, que já estava marcada para relatar as ações de enfrentamento à doença. "Eu lamento que essa troca tenha sido feita e espero que o sucessor do ministro Nelson continue seguindo a orientação da medicina e da saúde, e que não incorra no grave erro de seguir orientações ideológicas partidárias, pessoais ou familiares. Um ministro da saúde do Brasil deve proteger a saúde dos brasileiros, e não proteger a individualidade da intenção deste ou daquele mandatário", disse Doria.

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"Lamento mais uma vez a perda do ministro Nelson Teich, como lamentei aqui a perda também do ministro Luiz Henrique Mandetta, que também pagou com seu cargo por defender o seu compromisso com a ciência com a saúde e com a vida dos brasileiros."

"O Brasil acorda assustado com as sucessivas agressões à Democracia. Agressões à constituição, agressões às instituições, agressão ao Congresso Nacional, agressão ao Supremo Tribunal Federal, agressões à imprensa, agressões e xingamentos a jornalistas, agressões à ministros do seu próprio governo. Como o senhor fez e continua a fazer. Fez com Gustavo Bebianno, fez com Santos Cruz, fez com Sérgio moro fez com Luiz Henrique Mandetta e agora fez também com Nelson Teich. Presidente Bolsonaro, governe. Administre o seu país com equilíbrio, com paz no coração, com compreensão com discernimento e com grandeza. Pare com agressões", afirmou o governador.

Doria também criticou o presidente Bolsonaro ao citar reportagem do jornal O Globo desta sexta-feira, que informa que o presidente estaria atrasando repasse aos Estados deliberadamente. "O gesto demonstra mais uma vez a insensibilidade, a intolerância e a incapacidade do presidente Jair Bolsonaro de compreender a dimensão do cargo que ocupa". "Governaram o Brasil é ter sensibilidade e capacidade para governar para todos os brasileiros, os que elegeram e os que não elegeram". Essa ação, disse Doria, "é um gesto deplorável".

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