'A coragem de Bruno Covas no combate ao coronavírus', artigo de Welbi Maia

Da maneira que tem enfrentado todos os desafios, Covas mostra ser do tamanho da cidade que administra, gigante

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas 

WELBI MAIA BRITO* - Editor

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas não teve vida fácil desde que assumiu o comando da maior cidade da América Latina, em 7 de abril de 2018, dia de seu aniversário, já teve que enfrentar o desabamento de um prédio, de viadutos, queda de avião, greve de caminhoneiros, enchente nas marginais e agora, pandemia. Tudo isso, sem falar na descoberta de um câncer, em outubro passado.

Mesmo passando por um intenso tratamento médico, o jovem prefeito que completou 40 anos no dia 7, tem se mostrado disposto para enfrentar mais este desafio. Bruno desde o mês passado passou a morar literalmente na sede da Prefeitura com seu filho de 14 anos, instalando uma cama em seu gabinete, para poder gerenciar o maior tempo possível o surto de coronavírus, que tem neste momento São Paulo como epicentro.

Covas levou sua cama para o gabinete: dedicação exclusiva à pandemia

No dia seguinte ao anúncio da descoberta de um novo tipo de coronavírus, em dezembro do ano passado, a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realizaram a primeira reunião de profissionais para estabelecer medidas de preparo e acompanhamento da evolução epidemiológica internacional. 

Antes mesmo que a epidemia ultrapassasse as fronteiras da China, a SMS iniciou a qualificação da rede de assistência e capacitação de profissionais de saúde, envolvendo diretamente mais de 4 mil funcionários que atuaram com multiplicadores das boas práticas em mais de mil equipamentos de saúde da rede municipal.

Seguindo a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) de reduzir em 60% a circulação de pessoas na cidade, o prefeito Bruno Covas decidiu pela a suspensão das aulas nas escolas municipais, do rodízio municipal de veículos, a paralisação do comércio atacadista e varejista de bens e mercadorias, com exceção de alguns setores essenciais como o alimentício e farmacêutico, por exemplo.

Para o enfrentamento da covid-19, a Prefeitura ampliou os leitos de UTI, de 507, para 997. Além disso, já estão sendo entregues mais de 2.100 mil novos leitos de baixa complexidade, em sistema de hospital de campanha. Serão 200 no Estádio do Pacaembu, 1,8 mil no Anhembi e 100 em uma unidade anexa ao Hospital Municipal M’Boi Mirim. São leitos importantes para poder fazer o acompanhamento da população que não se encontra em situação de alto risco, mas precisa de atendimento. Ainda estudada transformar os Centros Educacional Unificado (CEUs) de Paraisópolis e Heliópolis, na zona sul, e outras duas escolas municipais da região em hospitais de campanha para atendimento a pacientes com coronavírus.

O secretário Municipal de Saúde, Edson Aparecido e o prefeito Bruno Covas vistoriam montagem do hospital de campanha do Anhembi

A cidade de São Paulo investiu R$ 1,1 bilhão na área da Saúde. A iniciativa teve como objetivo adquirir novos insumos, equipamentos e leitos para o combate ao Covid-19. 

A Secretaria Municipal da Saúde também tem reforçado os estoques de equipamentos de proteção individual (EPI), com a aquisição de máscaras, aventais, luvas, mais 100 mil unidades de testes, além de doações recebias por empresas, entidades da sociedade civil, e do Banco da China, que enviou para São Paulo 1.000 macacões e 50 mil máscaras.

Mas as medidas adotadas para a melhoria dos equipamentos públicos da saúde não iniciaram após o surgimento do novo coronavírus. Desde que assumiu a Prefeitura, Bruno Covas vem fazendo investimentos expressivos na área. Para comandar a pasta, trouxe em julho de 2018 o experiente político Edson Aparecido, que tem em seu currículo um mandato como deputado estadual, dois como deputado federal, foi Secretário de Desenvolvimento e Gestão Metropolitana e Secretário-Chefe da Casa Civil do Estado de São Paulo. Antes de assumir a Secretaria Municipal da Saúde, Aparecido ocupava a presidência da COHAB-SP, companhia de habitação da capital paulista.

Edson Aparecido e Bruno Covas, durante inauguração da UBS Nascer do Sol, em 2018

Já como secretário, Edson Aparecido ajudou a viabilizar em meados do ano passado o empréstimo de US$ 100 milhões conquistado pela Prefeitura de São Paulo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com a contrapartida de US$ 100 milhões do município.  Estes investimentos estão sendo responsáveis por uma importante mudança na qualidade da saúde pública paulistana. Os recursos, que somam aproximadamente R$ 1 bilhão, considerando o câmbio atual, a serem aplicados ao longo de 5 anos.

Edson Aparecido Bruno Covas e o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, na assinatura do empréstimo, em Washington

Tais recursos estão possibilitando a construção e reforma de cerca de 150 equipamentos de saúde, a aquisição de aparelhos de média e alta complexidade e a implantação de novas tecnologias e metodologias, o fator determinante para a transformação da rede é a capacitação dos profissionais, diretos e indiretos, com foco na melhoria do atendimento prestado ao cidadão. 

Após ser diagnosticado com um câncer em outubro do ano passado, Covas lançou em janeiro o Programa Corujão do Câncer, que prevê atendimento a pacientes com câncer de estômago, colorretal, tireoide e próstata. No anuncio do programa, 100 mil pessoas aguardavam pela realização de exames na capital.

Lançamento do programa Corujão do Câncer

Além das medidas na saúde, a gestão Covas também tomou ações em quase todas as áreas para mitigar os efeitos do isolamento social no combate ao coronavírus.

Veja algumas da medidas adotadas pela Prefeitura:

• Auxílio merenda para as crianças estudantes de escolas municipais que estão em casa;
• Programa Cidade Solidária para receber doações de cestas básicas e itens de higiene pessoal e limpeza;
• Criação de vagas em creches para os filhos dos trabalhadores essenciais;
• Cancelamento de todos eventos públicos e privados;
• Fechamento de parques, bares, baladas e comércios não essenciais;
• Construção de hospitais de campanha para dar conta da alta demanda por leitos hospitalares;
• Criação de espaço para abrir pessoas em situação de rua no Anhembi (com camas, locais para banhos e refeições);
• Abertura de edital para restaurantes solidários distribuírem alimento para a população;
• Vacinação de gripe para idosos, profissionais da saúde, profissionais de segurança pública, caminhoneiros e motoristas de transporte coletivo;
• Criação de dois espaços do centro da cidade com pias e locais para a população em situação de rua tomar banho;
• Limpeza das ruas com caminhão pipa.

Lançamento do programa Cidade Solidária

Com todas as medidas adotadas, a Prefeitura de São Paulo, em parceria com o Governo do Estado, tem conseguido manter o "achatamento da curva", da proliferação do vírus, tão citada pelos especialistas, para evitar colapso do sistema de saúde da cidade. Assim, conseguindo evitar um numero imenso de mortes  por falta de leitos hospitalares, como ocorreu em diversos países do mundo.

Com tudo que já foi feito e da maneira que Bruno Covas tem enfrentado todos os desafios, desde que assumiu a cadeira de prefeito, e principalmente neste combate ao coronavírus, Covas mostra ser do tamanho da cidade que administra, GIGANTE.

*WELBI MAIA BRITO - Jornalista, publicitário e editor do Blog do Welbi