Prefeitura de SP cria abrigos para receber moradores de rua com suspeita de coronavírus


Serão instalados 5 novos centros, com 400 vagas. Um deles será para doentes; outro, para maior espaçamento de beliches onde moradores de rua dormem.

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G1

Devido ao avanço da pandemia de coronavírus no país, que já deixou 25 mortos no Brasil até este domingo (22), sendo 22 deles no estado de São Paulo, a Prefeitura da capital decidiu criar abrigos emergenciais exclusivos para acolher moradores de rua com suspeita da doença. Ao todo, serão 5 novos centros emergenciais, com 400 vagas.

Segundo a Prefeitura, mais de 3 mil moradores de rua têm mais de 60 anos e estão no grupo de risco. No total, a cidade tem mais de 24 mil moradores de rua e na semana passada já havia criado um protocolo especial para atendimento nestes casos.

Um dos espaços será instalado na Vila Mariana, na Zona Oeste da capital, e será utilizado por pessoas já diagnosticadas com coronavírus e que necessitam de isolamento domiciliar.

Outros dois centros de acolhida emergenciais começarão a funcionar para poder esvaziar um pouco os centros já existentes, viabilizando um espaçamento maior entre os beliches onde os moradores de rua dormem.

Outra medida será a instalação de pias na região central da cidade, onde se concentram o maior número de pessoas em situação rua, para que eles possam lavar as mãos.

A Prefeitura disse que também foram intensificadas as abordagens às pessoas em situação de rua por meio das equipes do Consultório na Rua e Redenção na Rua, que realizam o primeiro atendimento e que foram capacitados para orientar os moradores e levá-los a unidades de saúde.

Na identificação de caso suspeito é realizada uma pesquisa de onde a pessoa em situação de rua dorme e circula, para identificar contatos e possíveis novos suspeitos. A pessoa deverá ser encaminhada à unidade de saúde para atendimento e diagnóstico e, em caso de maior gravidade, o SAMU será acionado, para fazer o deslocamento de ambulância.


Rede de acolhimento

A cidade de São Paulo dispõe de 134 serviços específicos para população em situação de rua. Destes, 89 são voltados ao acolhimento com 17,2 mil vagas.


Arquidiocese oferece local

A Arquidiocese Metropolitana também ofereceu uma casa, a Casa de Oração do Povo de Rua, para abrigar moradores com suspeita da doença. O local tem capacidade para 50 pessoas.

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